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Nunes joga pelo ?zero a zero? na reta final; Boulos espera pelo imponderável

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A tempestade que deixou milhões de pessoas sem luz em São Paulo e Região Metropolitana até pode ter mexido com o ânimo do eleitor, mas não se mostrou capaz de impactar a projeção de votos válidos, os que contam para a Justiça Eleitoral, na disputa pela capital paulista.

A vantagem do prefeito, Ricardo Nunes (MDB), segue em patamar confortável (51% contra 33% de Guilherme Boulos, do PSOL) nas intenções de votos. O movimento “relevante” – alerta de ironia – foi uma oscilação de quatro pontos percentuais para baixo no índice de Nunes, mas os votos não foram para Boulos, e sim para brancos e nulos, o que deixa o cenário principal, dos válidos, quase inalterado.

Diante disso, Nunes joga pelo empate. Como disse um aliado, secretário municipal, recentemente: “Para o intendente, para quem quer a reeleição, empate é goleada”.

Decorre daí a decisão de cancelar sucessivos debates e de desviar a gestão de uma eventual nova gestão de crise energética na capital para o gabinete do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Tarcísio assumiu a posição de coordenador de medidas emergenciais para mitigar os efeitos das novas tempestades que são esperadas na Grande São Paulo e no interior do Estado neste fim de semana.

O prefeito de São Paulo, que passou os últimos sete dias mostrando uma rotina de trabalho intenso nas redes sociais para retomar o abastecimento de luz em áreas da capital, conscientemente assumiu posição periférica.

A estratégia é blindar Nunes. Colocar Tarcísio no olho do furacão, se ele vier, e deixar o candidato à reeleição em posição secundária, esperando pelo empate.

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Para Guilherme Boulos, a situação é a oposta. A nove dias do segundo turno, o candidato do Psol sabe que só uma hecatombe muda o jogo em São Paulo. Neste fim de semana há tempestade, mas a primeira edição já não se mostrou suficientemente forte a ponto de demolir o principal obstáculo de Boulos, que não é Nunes, mas a própria rejeição.

A última pesquisa Datafolha mostra que a aversão de uma parte do eleitorado a Boulos permanece inalterada – e que nem todo o eleitorado lulista migrou para ele.

Mas o jogo só acaba quando termina na política, assim como no futebol. Que receita quase milagrosa Boulos precisa conseguir?

O candidato do Psol contará com Lula neste fim de semana. Precisa que o ato seja forte o suficiente para inspirar eleitores que ganham até dois salários mínimos e que estão com Nunes a mudarem de rumo, algo que ainda não aconteceu até aqui.

Boulos também precisaria convencer parte dos quase 27% de eleitores que não saíram de casa para votar no primeiro turno a irem às urnas – e por ele.

Mais: precisaria ainda ter um desempenho magistral e contar com uma mancada daquelas do rival no debate mais importante da corrida eleitoral, o da TV Globo, na sexta que vem.

São muitos “se” nessa equação. Hoje, o jogo está favorável a Nunes, que vai apostar na estratégia do quanto menos notícia, melhor.

Fonte G1 Brasília

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