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“O crime organizado em MT está formando um poder paralelo poderoso”, diz Wilson Santos

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O deputado Wilson Santos (PSD) manifestou sobre a instauração de Procedimento Preliminar de Investigação pelo Ministério Público do Estado (MPR) visando esclarecer a fala de Wilson sobre deputados estaduais que teriam reivindicado à Secretaria de Estado de Segurança Pública a instalação de tomadas em celas de líderes de organizações criminosas.

Segundo o parlamentar, no dia 8 de março, na primeira entrevista que fez em seu programa televisivo, o entrevistado foi o governador Mauro Mendes (União), que o recebeu em seu gabinete. Em um dos momentos da entrevista, Wilson alega que disse a Mauro que em setembro do ano passado foi barrado, durante campanha, em dois bairros de Cuiabá por facções criminosos. Os bairros foram Primeiro de Março e João Bosco Pinheiro.

“Agora está em todos os sites que o Ministério Público vai me convidar para que eu esclareça sobre esse assunto. Depois que eu fui barrado nos bairros, proibido de levar meu nome nos bairros de Cuiabá, no dia seguinte procurei o secretário de Segurança Pública, que era meu dever como parlamentar, não poderia prevaricar com uma coisa dessa”.

Wilson disse que o então secretário Alexandre Bustamante disse que teve anteriormente dois ou três colegas da Assembleia que foram pedir outras providências. “Perguntei quais [providências] e ele disse que era para recolocar as tomadas nas celas onde estão os líderes de facções criminosas. Perguntei quais eram os deputados, ele disse que não poderia revelar os nomes. Eu também não sei quais são os nomes, quais os deputados, se eu soubesse, diria, quem tem os nomes é o Alexandre Bustamante”.

Wilson diz que assim que for convidado pelo MP, estará presente. “O pano de fundo dessa questão é muito mais grave. A verdade é que o crime organizado em Mato Grosso está formando um poder paralelo, poderoso, fortíssimo e com muito dinheiro. Há a ausência do Estado e diante desse buraco deixado pelo Estado o crime organizado estabelece e conquista a periferia”.

Mauro nega

Em entrevista a jornalistas no último domingo (30/4), o governador Mauro Mendes (União) afirmou desconhecer a denúncia feita pelo deputado Wilson Santos (PSD) ao portal de notícias Repórter MT. Wilson disse que, para vencerem as eleições de 2022, deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) foram eleitos em 2022 com a ajuda do crime organizado em MT.

“Eu não vi essa matéria, mas realmente é algo grave, concordo. Tenho que tomar conhecimento com um pouco mais de profundidade. Mas como governador, me cabe encaminhar [a denúncia], porque não é o governador quem investiga, nem quem tem poder de polícia. Quem tem que investigar é a Polícia Civil e o Ministério Público. Eu, como cidadão, fico perplexo vendo um deputado falar isso. Isso merece, por parte de quem tem o dever de investigar, verificar se tem procedência”, disse.

Mauro completou avaliando a postura de Wilson como nociva à Casa de Leis, uma vez que a afirmação feita sem citar nomes acaba colocando todos os parlamentares, inclusive o próprio Wilson Santos, sob suspeita.

“É muito ruim isso, ficar conversando nas entrelinhas. Para fazer uma acusação grave dessas, tem que botar nome e sobrenome, senão ficam os 24 deputados sob suspeita, e não é justo. Se um fez, 23 não podem ficar com essa mancha, porque é realmente muito grave”, concluiu.

 

Fonte: Isso É Notícia

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