O secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, surgiu em sua mini-coletiva com a firmeza de quem tem um plano: o BRT não vai parar! Sim, você leu certo. A obra que já está parada não vai parar. Um exercício filosófico digno de um Zenão de Eleia moderno. Mas calma, não é só isso! O governo notificou o consórcio e, quem diria, descobriu descumprimentos contratuais. Ah, os descumprimentos, sempre eles! Afinal, apenas 18% da obra foi executada, mas a certeza de que ela não ficará abandonada é total. Totalmente incerta, mas total.
E a multa? Míseros 54 milhões de reais. Mas fiquem tranquilos, o governo não pagará—é a empresa que deve arcar. Desde que, claro, a justiça não entre no meio e transforme essa briga num imbróglio de anos, porque sabemos como essas coisas funcionam no Brasil. Para deixar o enredo ainda mais emocionante, o consórcio BRT já avisou que teve um prejuízo de 35 milhões de reais e quer que o Estado pague a conta. Isso mesmo: a empresa que não fez a obra quer ser ressarcida, enquanto o governo que não fiscalizou garante que não haverá abandono. O cenário mais provável? Nova licitação, tempo passando e, quando menos esperarmos, estaremos discutindo a troca do BRT pelo aerotrem. E viva o planejamento público!
