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Uma representante da Human RIghts Watch, uma das ONGs mais importantes do mundo, afirmou nesta sexta-feira (22) que a organização está preocupada pela alta mortalidade de uma operação policial do Rio de Janeiro pela terceira vez em dois anos.
?O Ministério Público e o Ministério Público Federal deveriam conduzir investigações completas e independentes imediatamente para estabelecer quem são os responsáveis e em quais circunstâncias das mortes e dos ferimentos, de acordo com a Constituição e o mandato para exercer controle externo na polícia?, disse Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch do Brasil.
Ela também pediu para que o governo do estado do Rio de Janeiro implemente um programa para frear as mortes causadas por policiais, o que seria uma ordem do Supremo Tribunal Federal. ?Investigar e responsabilizar os responsáveis em casos de abusos policiais é chave para interromper o ciclo de violência que coloca os moradores e policiais em risco, com consequências desastrosas para a segurança pública?, afirmou ela.
Mortes no Complexo do Alemão
Na quinta-feira (21), uma ação Polícia Civil e Polícia Militar no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade do Rio, deixou 17 mortos ? 16 que foram classificados pelas forças de segurança como suspeitos, além de um policial militar e de mulher atingida quando passava de carro.
A ação tinha como alvo uma quadrilha de roubo de veículos. O subsecretário operacional da Polícia Civil, Ronaldo Oliveira, disse que preferia que “eles não tivessem reagido” e que a polícia tivesse “prendido os 15 ou 14” ? foram confirmados os 16 suspeitos mortos logo depois.
“Infelizmente, eles escolheram atingir os policiais”, disse.
A diretora da Human Rights Watch fez uma referência a quantidade de casos parecidos porque durante o governo de Cláudio Castro ocorreram três das quatro operações policiais mais letais da história do estado.
- Em maio de 2021, morreram 28 pessoas no Jacarezinho;
- Em maio de 2022, morreram 25 pessoas na Vila Cruzeiro;
- Em 2007, morreram 19 pessoas na Baixada Fluminense
- Em julho de 2022, morreram 17 pessoas no Complexo do Alemão.
Fonte G1 Brasília