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Operação foi antecipada para evitar vazamentos, diz Lewandowski; objetivo agora é avançar para desmantelar crime organizado

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O ministro Ricardo Lewandowski, disse ao blog que a operação deste domingo (24) foi antecipada alguns dias para evitar vazamentos. O fato de acontecer em um domingo mostra que não foi uma operação usual.

“Uma investigação que durou seis anos – um ano com a Polícia Federal, um trabalho exitoso”, disse Lewandowski.

Para a PF, o caso Marielle esta encerrado do ponto de vista dos mandantes. Segundo o ministro, o próximo passo é aguardar desdobramentos que podem vir dos mandatos de busca e apreensão, e desvendar quem é quem no crime organizado do Rio de Janeiro.

‘Ecossistema do crime’

A Polícia Federal quer usar a delação do ex-PM Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos contra Marielle Franco e Anderson Gomes, para avançar nas investigações que desvendem outros crimes no Rio de Janeiro ? do jogo do bicho à milícia.

Investigadores e fontes no Supremo Tribunal Federal (STF) tratam Lessa como um arquivo vivo e esperam que, além de desfecho no caso, a delação do miliciano preso possa levar a desvendar o que chamam de ?ecossistema? do crime no estado.

Na visão de fontes ligadas à investigação, Lessa é ?uma mina de informação?? e pode ajudar a desmontar a atuação de milicianos no Rio de Janeiro.

Prisões neste domingo

Neste domingo, foram presos os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa.

Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Murder, Inc., deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF).

Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ); Chiquinho é deputado federal pelo União Brasil; Rivaldo era chefe da Polícia Civil à época do atentado e hoje é coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição.

O g1 tenta contato com a defesa dos presos.

Além das três prisões neste domingo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.

Motivação e contrainvestigação

Os investigadores ainda trabalham para definir por que Marielle foi morta. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio. Já Rivaldo é suspeito de ter combinado não investigar o caso.

Os investigadores decidiram fazer a operação no início deste domingo para surpreender os suspeitos. Informações da inteligência da polícia indicavam que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.

Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.

Lessa está preso desde 2019, sob acusação de ser um dos executores do crime.

Os mandantes, segundo o ex-PM, integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações.

Fonte G1 Brasília

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