Adversários de Pablo Marçal (PRTB) na eleição para prefeitura de São Paulo avaliam que o ex coach adotou estratégia errada ao, inicialmente, investir na exploração de imagem de fragilidade após episódio da cadeirada que levou de José Luiz Datena (PSDB).
Pesquisa é retrato do momento- e, ao avaliar a pesquisa desta quarta, integrantes da campanha de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) disseram ao blog que Marçal desgastou sua imagem com seu próprio público, já que costuma vender a imagem de virilidade, exaltando força e que é ?indestrutível?.
Marçal vende virilidade como produto.
Pessoas ligadas à campanha de Boulos consideram que a fragilidade e imagem de vítima- comparada com Bolsonaro e Trump- após a cadeirada de Datena foi rejeitada por eleitores do segmento masculino. Ele foi de 31% para 25%, embora oscilação, uma tendência de redução.
“Quem dá um soco em tubarão e participa de maratona, era para mostrar resiliência para o eleitor dele e ficar até o fim [do debate]”, avalia uma fonte ao blog.
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Pelo lado de Nunes, a opinião é de que o rival errou ao comparar o episódio com a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018 e com o atentado a Donald Trump, candidato nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Para além disso, um aliado do atual prefeito acredita que a disputa Nunes x Boulos ficará cada vez mais consolidada após a cadeirada.
As mais recentes pesquisas Quaest e Datafolha indicam empate triplo entre Nunes, Boulos e Marçal, mas o ex-coach apresenta oscilação para baixo.
Marçal pode recuperar esse público, claro, mas o efeito imediato da cadeirada nessa pesquisa batia com expectativa das campanhas adversárias- e o proprio Marcal ja foi recalculando sua rota sobre o episódio- dizendo que não passou de um esbarrão- na avaliação das campanhas, também por estar municiado de pesquisas internas refletindo essa percepção da fragilidade x virilidade, demanda do seu eleitor.
Fonte G1 Brasília