REDES SOCIAIS

26°C

Para derrubar juros, Lula precisa parar de criticar BC e atacar a questão fiscal, dizem interlocutores

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que ele vem perdendo um tempo precioso para virar o jogo da economia e colher frutos positivos já nas eleições municipais do ano que vem.

Segundo eles, em vez de ficar atacando o Banco Central, Lula precisa enfrentar a questão fiscal ? e aproveitar que já há clima favorável a mudanças nessa área, no Congresso.

Esses interlocutores avaliam que, se o governo enviasse a proposta do novo arcabouço fiscal ao Congresso imediatamente, os juros poderiam cair no segundo semestre, ou até antes. A nova regra fiscal vai substituir o atual teto de gastos, que limita as despesas do governo.

Se a proposta for aprovada e os juros caírem, o país tende a crescer mais em 2024 ? um ano importante para o PT e os partidos aliados, quando são disputadas as prefeituras do país.

Por enquanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem prometido encaminhar a proposta de âncora fiscal ao Congresso em abril, o que sinalizaria um compromisso com o controle das contas e a redução da dívida pública.

Aliados de Lula têm defendido que ele antecipe o envio da proposta para o início de março, acelerando a sua votação.


window.PLAYER_AB_ENV = “prod”

Empresários concordam

Entre empresários, a mesma avaliação é feita. Eles até concordam com as críticas do presidente Lula aos juros altos, hoje em 13,75% ao ano, mas destacam que ele acerta no conteúdo, mas erra na forma.

As críticas públicas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acabam gerando instabilidade e incertezas na economia.

Um empresário disse ao blog que Lula está perdendo tempo ao ficar criticando o BC, em vez de fazer a sua parte, que é mostrar na prática que irá cumprir o seu discurso, de que vai governar com responsabilidade fiscal.

Ele até compreende e diz compartilhar da angústia do presidente, mas avalia que isso não resolve o problema e, pelo contrário, pode agravá-lo.

Neste ano, as previsões apontam para um crescimento abaixo de 1%.

No ano que vem, em meio à eleição municipal, as previsões apontam também para um crescimento pequeno ? cenário que pode mudar se a economia entrar nos eixos.

E isso passa necessariamente pela área fiscal. Um aliado de Lula diz que o presidente não pode ficar usando a responsabilidade social, essencial neste momento do país, para justificar suas críticas ao BC.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS