Os representantes legislativos dos países que integram o G20 divulgaram nesta sexta-feira (8) o documento final da 10ª Cúpula dos Parlamentos do G20 (P20). No documento, os países defendem a adoção de medidas de inclusão social e de proteção ambiental.
A declaração, de 12 páginas, é intitulada “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”. Entre outros pontos, o texto defende:
- a busca por formas de financiamento de “transições energéticas justas”;
- mudanças em organismos internacionais, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU);
- e a criação de “bancos multilaterais de desenvolvimento que sejam melhores, maiores e mais eficazes”.
A Argentina, país presidido por Javier Milei, não assina o documento. O primeiro-secretário do Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), afirmou que o país não concordou com “nada” da declaração..
“É uma carta de intenção consistente, que pauta o que é central para o mundo neste momento. Representa um consenso, com exceção da Argentina, que, de forma deselegante, disse que não concorda com nada do que é civilizado e do que é civilizatório”, disse Carvalho.
O G20 reúne as principais economias do mundo, além de dois blocos econômicos (União Europeia e União Africana). O Brasil comanda o grupo neste ano e definiu três eixos centrais de discussão:
- inclusão social e combate à fome e à pobreza;
- transição energética e desenvolvimento sustentável;
- reforma da governança global.
Além da cúpula de líderes das principais economias do mundo, o Rio de Janeiro também vai sediar a partir da próxima semana o chamado G20 Social, iniciativa do governo brasileiro para discutir, entre outros pontos, o combate à fome e à miséria.
Paralelamente aos encontros do G20 no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional sediou nesta semana em Brasília o P20.
O que diz o documento
Veja em tópicos o que o documento do P20 diz sobre os seguintes temas:
Inclusão social
“Entendemos que a desigualdade social e econômica existente dentro dos países e entre eles está na raiz dos principais desafios a serem enfrentados pelos nossos países. A desigualdade deve ser enfrentada por meio de uma abordagem abrangente que promova a inclusão social, fortaleça a boa governança em todos os níveis e defenda os direitos humanos, garantindo, ao mesmo tempo, crescimento econômico e resiliência diante dos desafios globais.”
Proteção ambiental
“Nesse contexto, apoiamos a adoção de medidas que incentivem as energias renováveis, protejam a biodiversidade e garantam que o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental avancem de forma totalmente integrada e multidimensional.”
Governança global
“Em nossos esforços por uma ordem internacional mais equitativa e representativa, de acordo com o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas, reafirmamos a necessidade de reformas abrangentes para tornar as instituições de governança global mais transparentes, responsáveis, eficazes, eficientes, inclusivas, democráticas e representativas, refletindo as realidades e demandas do século XXI.”
Fonte G1 Brasília