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Pastor Wellington pretende reduzir secretarias, auditar contratos da saúde e abrir vagas para alunos da rede estadual em escolas privadas

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O candidato do PTB ao governo de Pernambuco, Pastor Wellington (PTB), disse que, se for eleito, vai reduzir para 14 o número de secretarias estaduais, auditar contratos de organizações sociais (OS) na saúde estadual e abrir vagas em escolas particulares para alunos da rede pública. Ele foi entrevistado pela apresentadora Clarissa Góes, na série do g1 que começou no dia 22 de agosto.

Durante a entrevista, o candidato também disse que iria reduzir impostos para tornar Pernambuco um ambiente mais favorável a negócios e “enxugar” a folha de pagamento do estado. Também prometeu fazer parcerias público-privadas para a oferta de exames médicos e afirmou que vai ser um mediador para resolver os problemas do Metrô do Recife e do transporte público na região.

A primeira entrevistada da série foi Marília Arraes (Solidariedade), seguida por Anderson Ferreira (PL), Danilo Cabral (PSB) e Raquel Lyra (PSDB). Eles tiveram 5% ou mais na pesquisa Ipec de 15 de agosto e, por isso, foram entrevistados ao vivo por Clarissa Góes, apresentadora do Bom Dia Pernambuco, direto do estúdio do g1, no Recife.

COMO FORAM AS OUTRAS ENTREVISTAS:

Os outros seis candidatos terão entrevistas de 20 minutos, gravadas sem corte, exibidas entre 29 de agosto e 3 de setembro. O primeiro foi Jadilson Bombeiro (PMB), seguido por Ubiracy Olímpio, João Arnaldo (PSOL), Jones Manoel (PCB) e Pastor Wellington (PTB). Depois, é a vez de Claudia Ribeiro (PSTU).

Veja, abaixo, todos os trechos da entrevista de Pastor Wellington ao g1:

Ambiente de negócios em Pernambuco

O primeiro ponto abordado por Pastor Wellington foi a proposta de tornar Pernambuco um ambiente mais favorável aos negócios. Para isso, ele disse que pretende conversar com os setores produtivos e ?enxugar? os impostos. ?Pernambuco está perdendo os investimentos, os empresários estão indo embora de Pernambuco e levam suas indústrias, suas empresas, porque um estado vizinho oferece um percentual de ICMS mais baixo?, afirmou.

Redução de secretarias

Pastor Wellington também disse que pretende reduzir para 14 o número de secretarias estaduais. Afirmou, ainda, que, atualmente, há 26 secretarias e órgãos que têm status de secretaria, e que, por causa disso, não é possível fazer investimentos no estado, para custear folha de pessoal. ?A Receita do estado está comprometida com 50% de folha de pagamento. Além daquilo que está sendo gasto e muitas vezes mal-gasto, como está acontecendo hoje. […] Uma vez que a gente reduz, fazendo os serviços de maneira eficiente, que a população de fato receba esse benefício, fica [dinheiro] em caixa para que a gente possa investir nos setores que precisam?, declarou.

Exames médicos

No plano de governo, o candidato pretende fazer com que alguns exames sejam ofertados por empresa privada, para, assim, tornar mais eficiente o atendimento em saúde pública de Pernambuco. ?Todo mundo tem um celular na mão. Por que não fazer isso por aplicativo? Uma marcação de consulta, uma marcação de exame? Eu penso que, com isso, você já começa a dar dignidade ao usuário?, disse.

Organizações sociais na saúde

Ele também criticou a gestão das organizações sociais (OS) à frente de unidades de saúde estaduais. Atualmente, as OS são responsáveis pela gestão de 11 hospitais, 14 UPAs e 11 UPAs especializadas. ?Não tenho um modelo pronto, primeiro a gente tem que entender como está funcionando. [Os contratos] têm que ser auditados para ver como está isso?, afirmou. Ele disse, ainda, que é preciso finalizar obras inacabadas e reduzir a máquina pública para facilitar investimentos em saúde.

Pessoas com autismo

Respondendo a uma pergunta do público sobre políticas para pessoas com autismo, Pastor Wellington disse que essa questão vai além da saúde, e afirmou que é obrigação do estado prover, também, educação a essa população. ?O estado tem que cuidar em qualificar profissionais para atender o autista. Precisa-se voltar a atenção para isso. […] O problema, nós sabemos que existe. Não tem fórmula pronta. Mas uma equipe técnica bem qualificada vai apresentar o que a gente possa de fato executar?, declarou.

Transporte público

Pastor Wellington disse que o transporte público no Grande Recife é ?caótico? e que a ideologia político partidária dos governantes tem prejudicado a população, devido à falta de diálogo entre diferentes esferas do governo. ?Metrô é responsabilidade do governo federal. Quando se passa entre os transportes entre municípios, é obrigação do estado, e o município tem sua obrigação no transporte?, afirmou. Disse, ainda, que o Consórcio Grande Recife é um problema antigo, e se pôs como um mediador para resolver os problemas do sistema e tirar do papel os projetos existentes.

Defesa da propriedade privada da terra

Outro ponto levantado pelo plano de governo de Pastor Wellington é a defesa da propriedade privada da terra. Atualmente, um terço das 59 áreas em conflito agrário em Pernambuco tem o Complexo Portuário de Suape como um dos envolvidos. Questionado sobre como lidar com essas questões, ele afirmou que ?o estado precisa fazer o seu papel?. ?A primeira coisa que a gente precisa fazer é acabar com esse ativismo todo. A gente não pode admitir. Existe muito mais um ativismo que uma necessidade. Conheço regiões dentro do estado em que governos anteriores fizeram reforma agrária, disponibilizaram a terra, valores para as famílias montarem suas estruturas lá e, hoje, virou capoeira. O mato tomou conta?, declarou.

Propostas para a população LGBTQIA+

Em 2018, Pastor Wellington entrou na Justiça contra a realização da peça ?O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu?, em Garanhuns, no Agreste. No espetáculo, Jesus é retratado como uma mulher transexual. Sobre propostas para a população LGBTQIA+, ele afirmou que todo cidadão precisa ser bem tratado. ?O que a gente não pode é estar alinhado ou estar simplesmente à mercê de um ativismo?, afirmou.

PPPs na educação

Outra proposta de Pastor Wellington é de ampliar o número de vagas na educação pública com parcerias público-privadas (PPPs). Sobre isso, ele disse que há escolas privadas com vagas sobrando e que o estado não consegue ofertar a quantidade de vagas suficiente em algumas localidades. ?A gente chama o empresário e conversa e vê a possibilidade de uma parceria desse tipo, porque ele precisa preencher. Para ele, é uma vaga que está sem ser preenchida e o estado, do outro lado, sem ofertar aquela vaga para o estudante?, disse.

Entrevistados

A primeira entrevistada da série foi Marília Arraes (Solidariedade), seguida por Anderson Ferreira (PL), Danilo Cabral (PSB) e Raquel Lyra (PSDB). Eles tiveram 5% ou mais na pesquisa Ipec de 15 de agosto e, por isso, foram entrevistados ao vivo por Clarissa Góes, apresentadora do Bom Dia Pernambuco, direto do estúdio do g1, no Recife.

Os outros seis candidatos terão entrevistas de 20 minutos, gravadas sem corte, exibidas entre 29 de agosto e 3 de setembro. O primeiro foi Jadilson Bombeiro, seguido por Ubiracy Olímpio, João Arnaldo, Jones Manoel e Pastor Wellington. Depois deles, vem Claudia Ribeiro, no sábado (3), às 14h.

Todas as entrevistas ficam disponíveis na íntegra, em vídeo, e em áudio, como episódio especial do podcast “g1 Eleições”.

A iniciativa do g1 de entrevistar em podcast os candidatos começou em junho, com a série do podcast “O Assunto”, apresentada pela jornalista Renata Lo Prete, com os postulantes à corrida presidencial.

Durante as entrevistas, os candidatos também respondem a perguntas do público.

Clique AQUI para participar. Lembre-se de colocar ?Entrevista g1? no título e, no campo mensagem, envie sua pergunta.

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Fonte G1 Brasília

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