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Perícia da PF consegue reconstituir passo a passo da fuga de dois presos de penitenciária federal

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Perícia da Polícia Federal (PF) realizada na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, indica que os presos fugiram após perfurar uma abertura com objetos de metal no local onde havia uma luminária na parede e saíram por um espaço que conecta as celas (veja foto abaixo). Em seguida, acessaram a laje do prédio e desceram por um poste de luz próximo.

A reportagem apurou que, dentro das celas foram encontrados “objetos artesanais contendo metal” que permitia aos detentos fazer os cortes e perfurações que permitiram a fuga.

Confira o o passo a passo da fuga, conforme a reportagem apurou:

  • Dentro das celas, foram encontrados objetos artesanais contendo metal, o que permitia aos detentos fazer cortes e perfurações;
  • A fuga foi executada por um espaço (shaft, na linguagem pericial) que conectava as celas;
  • Os detentos conseguiram acesso a este espaço ao perfurar uma abertura na esquadria onde havia uma luminária, entre o espaço e a cela, cujas dimensões originais eram de 20x70cm;
  • Para ampliar essa abertura, os detentos precisaram quebrar o concreto armado, utilizando os objetos artesanais que foram encontrados na cela;
  • No espaço, há uma escada metálica que dá acesso à laje de cobertura do prédio;
  • Acima dessa laje existe apenas um teto com telhas de fibrocimento, que foram afastadas, possibilitando com que os detentos tivessem acesso à cobertura da edificação;
  • Havia um poste próximo da cobertura por onde supostamente eles teriam descido;
  • Próximo à abertura do alambrado pelo qual os detentos fugiram, há um canteiro de obras. Os dois podem ter pego ferramentas neste local para cortar o alambrado por onde escapara. O ponto em que desceram está a cerca de 75 metros de onde a abertura do alambrado foi encontrada;
  • Durante o trajeto que supostamente percorreram, havia uma câmera de segurança que, conforme relatado, não estava funcionando;
  • Os refletores do poste mais próximo do local da fuga estavam desligados devido ao disjuntor estar desativado;
  • Além disso, os refletores externos mais próximos da área da fuga não estavam funcionando.

Imagem do presídio mostra um buraco na parede da cela de um dos dois presos que fugiram na madrugada de quarta (14). Antes de fugirem, eles estavam isolados em celas individuais ? porém vizinhas, separadas por uma parede. Os dois podem ter conseguido planejar a ação.

De acordo com o Ministério da Justiça, o buraco foi feito na região da luminária da cela, na parte superior de uma das parede.

O corregedor da prisão, o juiz Walter Nunes, explica que três obras estavam sendo feitas no presídio:

  • reforma da área do banho de sol;
  • reforma no alojamento dos policiais penais;
  • reforma de uma área aberta na entrada do presídio que estava sendo fechada para climatização;
  • as três obras estavam em andamento;

Nunes ainda diz que os dois presos tinham, cada um, uma barra de ferro dentro da cela. Segundo ele, foi com essa barra que eles fizeram o buraco na parede ao lado da luminária.

“O problema é que os presos saíram da cela e saíram andando por dentro da unidade prisional sem que tivessem sido detectado pelas câmeras. Mas não é que não foram detectados pela câmeras. Temos imagens, já se sabe que tem imagens. Mas não foi identificado que ali estava uma pessoa fugindo da unidade prisional.”

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Buscas pelos fugitivos

A busca pelos dois fugitivos dura mais de 50 horas. Estão empenhados:

  • 100 agentes da Polícia Federal;
  • 100 agentes da Polícia Rodoviária Federal;
  • 100 agentes das forças policiais locais (civil e militar);
  • 3 helicópteros (1 da PRF, 1 da PF e 1 da Secretaria de Segurança Pública do RN);
  • Drones (com equipamentos termais) e cães farejadores.

Na manhã desta sexta (16). a força-tarefa que busca pelos dois fugitivos encontrou uma camiseta de uniforme de presidiário na Zona Rural de Mossoró.

Os foragidos são Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35. Eles são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró.

A PF recolheu material biológico em uma propriedade na qual Deibson e Rogério teriam furtado roupas e objetos.

Fernando Oliveira afirma que a investigação aponta que os dois não estão tendo ajuda de outras pessoas ou organização criminosa e que, caso tivesse, facilitaria as buscas pois haveria uma maior movimentação de informações que seriam capturadas pelos agentes.

Fonte G1 Brasília

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