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A Petrobras informou nesta quarta-feira (5) que não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) sobre alterações em sua política de preço dos combustíveis.
O comunicado é em resposta à declaração do ministro Alexandre Silveira. Em entrevista à GloboNews, ele confirmou que haverá mudança na política de preços praticada pela Petrobras, com a adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior, como é hoje.
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Em nota, a Petrobras diz que “quaisquer propostas de alteração da Política de Preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”.
“A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais, o seu market share, dentre outras variáveis”, completou e empresa.
Na nota, a empresa reiterou seu compromisso com a “prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional”.
Mudanças
À GloboNews, o ministro Alexandre Silveira afirmou que será trocada a política de preços atual da Petrobras, chamada de Preços de Paridade de Importação (PPI), por uma chamada de “Preço de Competitividade Interno”.
Segundo Silveira, a medida deve provocar redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel.
O ministro informou, ainda, que as novas diretrizes serão implementadas a partir da formação do novo conselho de administração da empresa. A próxima assembleia geral da companhia está marcada para o fim do mês.
Política de preços
A atual política de preços da Petrobras foi adotada em 2016, pelo governo do ex-presidente Michel Temer. Ela está submetida ao critério de paridade internacional, que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.
Na prática, ela estabelece que, se o preço do petróleo subir no mercado internacional, a alta deve ser repassada para os preços dos combustíveis nas refinarias da estatal no Brasil.
Esse mecanismo tem o objetivo de evitar que o preço no país fique defasado em relação ao resto do mundo, o que poderia, no limite, desestimular a importação de combustível e levar ao desabastecimento.
Desde que foram adotadas, as atuais diretrizes para definição de preços nas refinarias são alvo de polêmica. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), três presidentes da Petrobras foram derrubados do cargo por conta da política de preços.
Fonte G1 Brasília