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PF aponta ligação da Abin com gabinete do ódio no governo Bolsonaro

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A Polícia Federal descobriu indícios apontando uma ligação entre dirigentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) com o gabinete do ódio, uma equipe digital que, segundo as investigações, operava dentro do Palácio do Planalto para difundir notícias falsas contra adversários do então presidente da República Jair Bolsonaro.

A operação deflagrada nesta quinta-feira (11) traz como novidades a relação entre a Abin e o gabinete do ódio e conversas entre o ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os dois, em outras fases da Operação Última Milha, negaram qualquer participação no monitoramento de autoridades do Judiciário, políticos e jornalistas classificados por bolsonaristas como inimigos de Bolsonaro.

A operação Última Milha apura o uso ilegal de sistemas da Abin, durante o governo Bolsonaro, para espionar autoridades e adversários do governo passado. A operação desta quinta-feira (11) foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes e busca cumprir cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

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Os jornalistas Fabio Amato e José Viana apuraram que a PF descobriu que ?membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas?.

Além, segundo os jornalistas da TV Globo, ?a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos?.

Fonte G1 Brasília

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