Perícia feita pela Polícia Federal identificou conversas sobre “golpe” e imagens feitas em 8 de janeiro no celular de Aécio Lúcio Costa Pereira ? um dos primeiros réus a serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos golpistas.
O julgamento de Aécio Pereira e outros três réus está marcado para esta quarta-feira (13). A GloboNews teve acesso ao laudo da perícia da PF no telefone do réu.
Segundo o documento, entre os dias 3 e 9 de janeiro deste ano, o denunciado manteve diálogos envolvendo temas como “golpe”, “artigo 142”, “ditadura” e “Forças Armadas”. A pesquisa é feita pelos peritos com base numa banco de dados com termos ligados aos ataques.
Ainda segundo o relatório, o aplicativo WhatsApp foi reinstalado no fim da noite de 8 de janeiro ? e, por isso, algumas mensagens foram apagadas do banco de dados.
O investigado também esteve dentro do plenário da Câmara ou do Senado Federal. O documento reproduz trechos de um vídeo gravado às 14h31 do dia 8 de janeiro ? logo após a invasão do prédio do Congresso Nacional.
O processo no STF
Segundo a Procuradoria-Geral da República, Aécio Lúcio Costa Pereira atuou na destruição das instalações do Congresso Nacional.
Ao longo do processo, no interrogatório, o acusado afirmou que achou que a manifestação seria pacífica e que não tinha armas.
Além disso, negou ter provocado dano ao patrimônio e ter usado de violência.
Outros réus
Além de Aécio Pereira, outros três réus devem ser julgados nesta semana pelo STF:
- Thiago de Assis Mathar
De acordo com a PGR, atuou na depredação no Palácio do Planalto. Ao ser interrogado, no processo, afirmou que não havia barreira impedindo o acesso ao prédio.
Negou que tenha provocado danos e disse “não ter intenção de dar golpe ou depor o governo eleito, mas apenas de manifestar seu descontentamento”.
- Moacir José dos Santos
Nos termos da denúncia do Ministério Público, atuou na destruição do Planalto. Quando foi interrogado, disse que a manifestação era pacífica.
Também “negou ter praticado violência contra policiais ou membros de força de segurança” e alegou que “não danificou nenhum bem”.
- Mateus Lima de Carvalho Lázaro
Foi preso depois deixar o Congresso, quando seguia para a área central de Brasília.
Questionado no processo, negou que tenha cometido crimes e que sua intenção era se manifestar de forma pacífica.
Fonte G1 Brasília