A Polícia Federal pediu mais prazo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para entregar a conclusão da perícia médica realizada no general Augusto Heleno, para a comprovação do diagnóstico de Alzheimer.
Médicos da PF estiveram com o general na sexta-feira (12) realizando as avaliações necessárias e teriam que enviar os laudos até esta quarta (17) ao Supremo.
A PF, no entanto, aponta que a defesa enviou novos documentos e que deve concluir só no dia 26 de dezembro a avaliação. O material é necessário para Moraes analisar o pedido dos advogados para que Heleno cumpra a pena de 21 anos em prisão domiciliar. A Procuradoria-Geral da República já concordou com a concessão da medida diante da idade e do quadro de saúde delicado do militar.
“O perito médico responsável indicou a necessidade de maior tempo para a análise detida de novos documentos e quesitos apresentados pela Defesa na véspera da diligência. Em razão da complexidade dos novos elementos juntados aos autos, solicito formalmente a Vossa Excelência a dilação do prazo para a entrega do Laudo Pericial definitivo até o dia 26 de dezembro de 2025”, afirmou a PF.
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Moraes determinou a perícia após identificar “informações contraditórias” apresentadas por Heleno e pela defesa do general da reserva do Exército, que foi condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Em depoimento prestado após ser preso, durante exame de corpo de delito, na quarta-feira (26), Heleno afirmou que havia sido diagnosticado e convivia com Alzheimer, um tipo de demência, desde 2018.
No sábado (29), em ofício encaminhado a Moraes, a defesa do ex-ministro da gestão Bolsonaro deu outra versão, afirmando que Heleno realizou exames em 2024 e que, somente em janeiro de 2025, foi confirmado o diagnóstico de Alzheimer.
A perícia vai avaliar, especialmente, a memória e outras funções cognitivas do ex-ministro, bem como, possível grau de limitação funcional decorrente das doenças identificadas.
Fonte G1 Brasília