A Polícia Federal prendeu, até as 23h59 desta sexta-feira (20), 36 candidatos nas eleições 2024 presos pela Polícia Federal por estarem com mandados em aberto.
?? A partir deste sábado (21) ? 15 dias antes do primeiro turno ?, candidatos e mesários só podem ser presos em flagrante.
As prisões, de acordo com a PF, atingiram candidatos de diversos partidos em 10 estados: MG, SP, MA, RS, PR, SE, RR, MS, AC e SC.
Os crimes pelos quais eles tinham mandado de prisão em aberto incluem:
- dívida por pensão alimentícia
- tráfico de drogas
- corrupção ativa
- porte ilegal de arma de fogo
- promoção de imigração ilegal, inclusive de criança e adolescente
- estupro de menor
Nesta quarta (18), o g1 mostrou que havia 61 candidatos nas eleições municipais com mandados de prisão em aberto. Ou seja: em tese, falta cumprir outras 35 ordens de detenção.
Pela legislação brasileira, um mandado de prisão em aberto não veta que alguém dispute uma eleição.
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A proibição vale para condenados de forma definitiva ou por um colegiado de juízes. Ainda assim, candidatos com mandados de prisão em aberto podem ser presos, caso sejam encontrados.
O g1 tentou contato com todos os candidatos e os respectivos partidos. Clique aqui para ler a reportagem detalhando quem são eles e o que eles disseram.
Uma outra reportagem do g1, publicada no sábado (14), mostrou que havia 3 candidatos alvos de mandados de prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Dois foram presos e um é considerado foragido.
Casos por estado
Em Minas Gerais, foram 11 presos. Lá, havia candidatos com ordem de prisão em aberto por associação por tráfico de drogas, tráfico de drogas, corrupção ativa e porte ilegal de arma de fogo.
Havia, ainda, pessoas com mandado em aberto por associação criminosa, promoção de imigração ilegal (inclusive, de crianças e adolescentes) e descumprimento de pensão alimentícia.
No Maranhão, dois candidatos suspeitos de estuprar vítimas menores de idade foram presos.
Em São Paulo, no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Sergipe e em Roraima, as prisões foram por descumprimento do pagamento de pensão alimentícia.
Fonte G1 Brasília