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PF tem indícios de que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

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A Polícia Federal (PF) tem indícios suficientes de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia de planos para matar em 2022 o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin, então eleitos, e o ministro Alexandre de Moraes, na época presidente do Supremo Tribunal Federal.

Para iniciar uma ação penal, basta ter indícios das acusações.

Por meio da extração de dados do celular de Cid que a polícia teve acesso a diversos diálogos do ex-ajudante de ordens com outros investigados.

O aparelho foi apreendido quando Cid foi preso em maio de 2023 durante operação da PF que apurou inclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde sobre a vacinação de Bolsonaro. A extração dos dados do aparelho foi concluída em 17 de maio daquele ano.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, estava presente em diversas reuniões e estava por dentro de tudo o que acontecia no governo.

Entre as conversas identificadas pela PF, o celular continha uma com Mario Fernandes, preso na terça-feira (19).

Os investigadores da Polícia Federal (PF) identificaram duas ocasiões em que Mario Fernandes, general da reserva que elaborou o plano terrorista usado na tentativa de golpe, esteve no mesmo local em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Fernandes foi preso nesta terça-feira (19) durante a Operação Contragolpe por ter elaborado o plano “Punhal Verde Amarelo” no qual previa sequestrar ou matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin.

A primeira foi no dia 6 de dezembro de 2022, data em que, segundo a PF, Mário Fernandes imprime o plano “Punhal Verde Amarelo” no Palácio do Planalto. Os investigadores verificaram nos registros do Palácio que Fernandes imprimiu o documento “Word Plj.docx” às 18h09. Para a corporação, “Plj” seria a sigla para “planejamento”.

Para determinar a localização de Bolsonaro, a PF se valeu de um grupo, identificado no celular de Mauro Cid, chamado “Acompanhamento”, do qual fazia parte a equipe de ajudância de ordens. Às 17h56, o ajudante Diniz Coelho informou pelo aplicativo de mensagens: “PR no Planalto”. A sigla “PR” é usada para identificar o então presidente da República. Às 18h31, foi informado que o Bolsonaro já estava no Alvorada.

Os dados de antena de telefone celular ainda colocam no Planalto Mauro Cid e Rafael Oliveira, que coordenou as ações programas para o atentado.

“Conforme evidenciado na presente investigação, exatamente no referido período em que MARIO FERNANDES imprime do planejamento operacional, verificou-se que os aparelhos telefônicos dos investigados RAFAEL MARTINS DE OLIVEIRA (JOE) e MAURO CESAR CID estavam conectados a ERBS que cobrem o Palácio do Planalto. Nesse mesmo horário, o então presidente da República, JAIR BOLSONARO também estava no Palácio do Planalto”, aponta o relatório.

A segunda ocasião foi em 8 de dezembro, quando Fernandes vai ao Alvorada. Os dados de controle de acesso à residência oficial da Presidência da República mostram que o general chega às 17h e sai às 17h40. No mesmo dia, às 22h56, a PF transcreve um diálogo entre o general e Mauro Cid, no qual ele indica um aval de Bolsonaro para execução do plano golpista até 31 de dezembro, quando ele teria de deixar a Presidência.

“A primeira, durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”, relatou Fernandes a Cid.

Vagabundo seria uma referência ao presidente Lula, na época presidente eleito, e que foi diplomado pelo TSE em 12 de dezembro daquele ano.

Fonte G1 Brasília

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