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PF vai investigar se houve omissão de agentes públicos no território Yanomami, diz Flávio Dino

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (23) que a Polícia Federal vai começar a investigar nesta semana crimes cometidos por agentes públicos que levaram à crise humanitária na Terra Indígena Yanomami.

Em entrevista coletiva, o ministro afirmou que o histórico levantado até o momento e a situação encontrada na área levantam indícios de que agentes públicos ? em todos os escalões ? tinham conhecimento da crise enfrentada no território e não atuaram para solucionar a crise.

Em ofício enviado nesta segunda ao diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, Dino afirmou que ?mortes por desnutrição ou por doenças tratáveis, pouco ou nenhum acesso aos serviços de saúde, medidas insuficientes para a proteção dos Yanomami, além do desvio na compra de medicamentos e de vacinas destinadas a proteção desse povo contra a COVID-19, conduzem a um cenário de possível desmonte intencional contra os indígenas Yanomami ou genocídio”.

No sábado, Dino anunciou a abertura de inquérito para apurar crime de genocídio e contra o meio ambiente. A Polícia Federal ficará responsável pela investigação.

O ministro esteve no estado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da crise sanitária na reserva.


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Mortes

O Ministério dos Povos Indígenas divulgou que 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região.

Os dados são referentes a 2022, e as vítimas eram crianças entre um e 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia.

A pasta estima que ao menos 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome.

Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, distribuídos entre 37 Polos Base. As faixas etárias mais afetadas estão maiores de 50 anos, seguida pela faixa etária de 18 a 49 e 5 a 11 anos.

Fonte G1 Brasília

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