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Placa, flores e vergonha alheia: a tietagem oficial do procurador Deosdete

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Em um espetáculo digno de constrangimento público, o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Junior, resolveu homenagear a primeira-dama Virgínia Mendes com uma placa e um ramalhete, reconhecendo sua “inestimável colaboração” no combate à violência contra a mulher. Detalhe: Mato Grosso foi o campeão nacional de feminicídios em 2024. Sim, o estado lidera o ranking da barbárie, mas, ao que parece, o que importa é a tietagem institucional e não a efetividade das políticas públicas.

O ato, que já seria patético por si só, ganha contornos ainda mais escancarados quando se observa a sincronia cirúrgica dos fatos: um dia após a cerimônia que fez revirar estômagos de quem viu, o desembargador Guiomar Teodoro Borges anunciou sua aposentadoria antecipada. Coincidência? Nem tanto. Deosdete, conhecido por sua escalada desenfreada rumo ao Tribunal de Justiça, parece ter transformado o MP não em guardião da moralidade, mas em uma escada para sua ambição pessoal . Mais triste ainda foi ver procuradores e promotores veteranos calados, como se fossem cúmplices desse teatro de cartas marcadas.

O vexame foi completo: um procurador que deveria zelar pelo dinheiro público se comportando como um tiete, um governo que troca política séria por flores e placas, e uma primeira-dama—sem cargo oficial—sendo tratada como chefe de Estado. Não bastasse o estado sangrar com os feminicídios, agora sangra também a credibilidade das instituições. E, no fim, fica a dúvida: Deosdete quer mesmo combater a violência contra as mulheres ou só está lutando pelo próprio cargo?

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