A Polícia Federal pediu a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O pedido ocorre após a operação da PF que fez buscas e apreensões em endereço do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Houve buscas também na casa do pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid.
A operação investiga se militares ligados ao ex-presidente negociaram joias de forma ilegal. O valor das transações podem ter superado R$ 1 milhão. As joias que são alvo das apurações foram presentes para a Presidência durante o mandato de Bolsonaro. Pelas regras, deveriam ser incorporadas ao patrimônio do Estado, e não de uma pessoa.
O intuito do pedido da PF para a quebra de sigilo é saber se o dinheiro das joias foi enviado para Bolsonaro e se a verba para a recompra das joias partiu do ex-presidente.
A Justiça ainda tem que autorizar a quebra do sigilo.
A operação
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta uma operação contra pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro suspeitas de tentar e até mesmo vender presentes recebidos por integrantes do governo durante viagens oficiais.
De acordo com a PF, ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP) e Niterói (RJ).
A TV Globo e a GloboNews apuraram que são alvos da operação:
- tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro
- Mauro Lourena Cid, também militar e pai de Mauro Cid
- Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- Frederick Wassef, advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares
Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura a atuação de uma suposta milícia digital contra a democracia.
Segundo a PF, os crimes apurados na operação desta sexta-feira são lavagem de dinheiro e peculato (desvio de bem público).
Fonte G1 Brasília