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Polícia Federal prende mais um homem por suspeita de envolvimento nos assassinatos de Bruno e Dom

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A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (18) Jânio Freitas de Souza. Ele é considerado braço-direito de Ruben Dário da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, acusado pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.

Bruno e Dom foram mortos em 2022, no Vale do Javari, uma das regiões mais violentas e conturbadas da Amazônia, onde se alastram crimes como pesca e caça ilegais, garimpo e desmatamento irregular.

Jânio foi preso em Tabatinga, no Amazonas. Ele estava cumprindo regime semiaberto havia 3 meses.

De acordo com a Polícia Federal, Jânio será indiciado pelo duplo homicídio e por ocultação de cadáveres.

Segundo a PF, com a prisão de Jânio, todos os investigados no caso ligados à execução dos assassinato já foram presos e, nos próximos dias, serão transferidos para presídio federal.

Ainda existe uma investigação sobre eventual omissão de autoridades. Mas, neste momento, está suspensa por decisão da Justiça (veja mais abaixo).

Outros presos

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Em 22 de dezembro de 2023 a PF prendeu um homem conhecido por ser o segurança particular de “Colômbia”.

O homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa dele, no município de Benjamin Constant. A ação faz parte das investigações que apuram o duplo assassinato.

Na residência ainda a equipe da PF encontrou uma pistola com a numeração raspada e seis munições calibre 380.

A arma e as munições foram apreendidas e o preso foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal na cidade de Tabatinga, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.

Além disso, Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como ?Dos santos?, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como ?Pelado da Dinha?, já haviam sido presos pela suspeita de cometerem os assassinatos.

Investigação suspensa

Além dos suspeitos ligados à execução dos homicídios e à ocultação dos corpos, a PF indiciou no ano passado, em um relatório complementar de 252 páginas, o ex-presidente e o ex-vice-presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Marcelo Xavier e Alcir Amaral Teixeira, respectivamente. Eles administraram o órgão no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A suspeita da polícia é que Xavier e Teixeira tenham desarticulado intencionalmente o trabalho da Funai, por razões políticas, assumindo, com isso, o risco de produzir as mortes. Para chegar a essa conclusão, a PF tomou depoimentos de servidores da Funai e analisou uma série de documentos, que foram juntados ao inquérito da morte de Bruno e Dom.

Os advogados de Xavier e Teixeira pediram um habeas corpus à Justiça Federal em Tabatinga (AM) para suspender a investigação contra os dois e trancar o inquérito definitivamente. A Justiça em Tabatinga negou o pedido. As defesas recorreram ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

O Ministério Público Federal, que analisa os indícios de crime apontados pela PF, se manifestou contra o habeas corpus.

Em novembro do ano passado, no entanto, o desembargador do TRF-1 Ney Bello atendeu ao pedido das defesas e suspendeu liminarmente as investigações sobre a cúpula da Funai. O habeas corpus concedido por Bello ainda será analisado por uma turma do TRF-1, composta por três desembargadores federais, o que não tem data para ocorrer.

Até lá, a investigação sobre agentes políticos que possam ter envolvimento com as mortes de Bruno e Dom está travada.

A PF e o MPF consideram a suspensão da investigação sobre os agentes políticos prejudicial para o desfecho desse crime e de outros, como a morte de Maxciel Pereira dos Santos, que também era servidor da Funai, em 2019.

Fonte G1 Brasília

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