O presidente da CPI dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou nesta terça-feira que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai compartilhar dados de investigações com a comissão.
Maia se reuniu com Moraes no fim da tarde e, depois falou com jornalistas.
“Quero comunicar a todos que estivemos hoje com o ministro Alexandre de Moraes em reunião extremamente proveitosa. Posso dizer que todos nossos pleitos apresentados ao ministro em relação ao compartilhamento de dados foram atendidos”, afirmou o deputado.
Segundo Maia, o ministro afirmou que assim que concluída as soliticações do processo que estão em sigilo ele autorizará ?imediatamente o compartilhamento de dados desses processos?.
?Os processos que estão em diligência ele pediu que nós esperássemos a conclusão, porque obviamente trata-se de uma investigação. A investigação está em curso e está em uma fase conclusiva. Esses processos na medida em que forem concluidas imediatamente ele compartilhará conosco esse sigilo?, disse o presidente da CPI.
Maia afirmou ainda que Moraes espera concluir todos os processos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro em 45 dias.
Visita a presídios
Maia disse que Moraes autorizará o acesso dos deputados integrantes da CPI à Papuda e à Colméia, presídios que abrigam os detidos, para os parlamentares inquirir os presos.
?É mais cômodo que essas inquirições sejam feitas onde eles estão, porque são 290 pessoas que estão nessa situação, fica muito difícil que se traga toda essa gente para depor na CPMI?.
Depoimentos
O presidente da CPI afirmou que vai se reunir nesta quarta-feira (14) com os dois vice-presidentes e a relatora da comissão para decidir a ordem dos depoimentos dos convocados.
O deputado não quis detalhar o processo, mas defendeu que os convocados só falem à comissão após concluído o inquérito no STF, já que o material será compartilhado com os parlamentares.
?A mim parece que não faz muito sentido a gente convocar as pessoas que estão nesses processos em investigação, ainda em diligência, sendo que poucos dias depois teremos acesso a esse inquéritos concluídos e consequentemente teremos um material que será de muita valia na hora de ouvirmos essas pessoas?.
?A minha ideia é que a gente aguarde no caso das pessoas que foram hoje aprovadas a convocação, que a gente aguarde se essas pessoas estão entre aqueles que estão ainda em diligencia, para que a gente possa ouvi-los com esse material na mão. Me parece mais sensato?, disse.
Questionado sobre a oitiva de Anderson Torres, o presidente da CPI disse que se for necessário ele será ouvido antes.
?Mas se nós entendermos que é melhor esperar a conclusão do inquérito do STF, assim será feito. Nós não temos pressa de que seja daqui a 45 dias. O relatório final será votado daqui há 5 meses e meio?, afirmou. ?Não haverá nenhum prejuízo que alguem seja ouvido daqui a 45 dias.?
Fonte G1 Brasília