O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi recebido pelo papa Francisco, no Vaticano, nesta sexta-feira (11). Os dois conversaram por 40 minutos em uma audiência privada e trocaram presentes e cumprimentos para fotos oficiais.
O Vaticano não forneceu detalhes sobre a conversa após o encontro, mas o ucraniano, em uma rede social, revelou que pediu ajuda do pontífice para garantir a libertação dos ucranianos mantidos em cativeiro pela Rússia.
“Estamos contando com a ajuda da Santa Sé para trazer de volta os ucranianos que foram capturados pela Rússia”, disse Zelensky.
Após a audiência com Francisco, a segunda em quatro meses, Zelensky, que está viajando pelas principais capitais europeias para discutir seu proposto “plano de vitória” para a guerra com a Rússia, conversou com o principal diplomata do Vaticano sobre questões da guerra, bem como as maneiras pelas quais ela poderia ser encerrada”, segundo comunicado.
Em março, o papa desencadeou uma crise diplomática entre Kiev e o Vaticano ao apelar à Ucrânia para “levantar a bandeira branca e negociar”.
Giro por capitais europeias
Zelensky percorre as capitais da Europa Ocidental para renovar o apoio ao seu país contra a invasão russa.
O presidente ucraniano afirmou que o objetivo não é falar sobre um eventual cessar-fogo com a Rússia, mas sim apresentar aos seus aliados o seu “plano de vitória”, do qual não deu detalhes.
O objetivo é “criar as condições para um fim justo da guerra”, declarou na quinta-feira, citado em um comunicado do seu gabinete. “A Ucrânia só pode negociar a partir de uma posição forte”, acrescentou.
Na quinta-feira, o presidente reuniu-se em Londres com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em Paris com o presidente francês Emmanuel Macron e em Roma com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.
Nesta sexta-feira, depois das reuniões no Vaticano, irá a Berlim para falar com o chanceler alemão, Olaf Scholz, cujo governo pretende reduzir à metade o montante atribuído à ajuda militar bilateral à Ucrânia em 2025.
O Exército ucraniano enfrenta dificuldades na frente oriental, onde o Exército russo não parou de avançar nos últimos meses.
Zelensky também está preocupado com as eleições presidenciais americanas em novembro.
Uma vitória do republicano Donald Trump contra a democrata Kamala Harris pode pôr em risco o apoio militar e financeiro que os Estados Unidos cede à Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Fonte G1 Brasília