A corregedoria da Polícia Rodoviária Federal abriu investigação para saber se a direção regional da corporação em Santa Catarina agiu, em outubro de 2022, para facilitar os bloqueios ilegais de rodovias feitos por bolsonaristas que não aceitavam o resultado das urnas.
Documentos mostram que uma decisão administrativa facilitou a ação dos grupos antidemocráticos em SC, estado de origem do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.
Superintendente da PRF estadual naquele momento, André Saul Nascimento emitiu inicialmente um ofício determinando o “comparecimento presencial de todos os servidores” da corporação entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro daquele ano ? os dois dias posteriores ao segundo turno.
Essa decisão foi publicada em 26 de outubro, às 10h35, ou seja, na semana anterior. E, na prática, reforçaria o efetivo policial nas rodovias, dificultando a ação dos grupos antidemocráticos.
Horas depois, às 20h49, o superintendente assinou outra decisão anulando o próprio despacho anterior.
Com isso, e sem o reforço das escalas, Santa Catarina amanheceu na segunda-feira posterior ao segundo turno com pelo menos 43 trechos de rodovias federais interditados ilegalmente.
Apoio a Silvinei
André Saul Nascimento é atualmente membro do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) de Santa Catarina. Em redes sociais, tem divulgado mensagens de apoio a Silvinei Vasques ? preso desde a semana passada suspeito dos crimes de peculato e violência eleitoral no pós-segundo turno.
Procurado pela GloboNews, André Saul disse que soube da investigação pela reportagem e não quis comentar o caso.
Fonte G1 Brasília