O diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal, Jean Coelho, segundo na hierarquia da corporação, e o diretor de inteligência, Allan da Mota Rebello, foram exonerados. As dispensas foram publicadas nesta terça-feira (31) no “Diário Oficial da União”.
Coelho e Rabello já haviam sido indicados, no dia 13 de maio, para cargos nos Estados Unidos. Os dois devem atuar como oficiais de ligação, em Washington, por dois anos.
Essas funções eram tradicionalmente ocupadas por policiais federais, mas policiais rodoviários federais também passaram a assumir esses cargos na gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Na semana passada, policiais rodoviários federais assassinaram Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, durante uma abordagem em Umbaúba (SE). Eles prenderam Santos dentro de uma viatura e soltaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo no veículo.
As portarias com as exonerações foram assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. O governo ainda não anunciou os substitutos.
O g1 perguntou qual foi o motivo das exonerações à Casa Civil e à Polícia Rodoviária Federal, por e-mail, pouco antes das 7h, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Assassinato em viatura
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A causa da morte apontada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe foi asfixia e insuficiência respiratória.
No domingo (29), o Fantástico revelou os nomes dos três policiais envolvidos na abordagem: Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia. Eles foram afastados das funções, estão sendo investigados, e também respondem a um procedimento administrativo disciplinar.
Três dias depois da divulgação de parte do boletim sobre a morte de Genivaldo, a PRF disse que não compactuava com as medidas adotadas pelos policiais durante a abordagem e citou “indignação” diante do ocorrido.
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Fonte G1 Brasília