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Quase 1/3 das postagens no X sobre RS tenta descredibilizar poder público, aponta estudo

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Quase um terço (31%) das publicações no X, antigo Twitter, sobre a tragédia no Rio Grande do Sul realizadas entre as 10h e 14h desta sexta-feira (10) tentam descredibilizar o poder público.

É o que aponta um estudo feito pelo professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo (USP) Pablo Ortellado.

Segundo Orellado, as mensagens aderem ao discurso de que o governo e entidades governamentais não apenas não estariam se empenhando em ajudar a população, como estariam efetivamente criando obstáculos, exigindo licenças de quem quer ajudar com lanchas, barcos e jet-skis e exigindo notas fiscais de caminhões e carros que trazem doações.

O levantamento analisa apenas se o post adere ao discurso de descredibilização do governo, mas não avalia se é verdadeiro ou falso. Mas muitos dos temas levantados já foram desmentidos pelas agências de checagem e pelas instituições que atuam na linha de frente dos trabalhos de resgate no Rio Grande do Sul.

‘É um volume muito grande, de quase um terço das publicações sobre o tema e nos parece que a situação no Twitter/ X não é diferente de outras plataformas de mídias sociais ou de aplicativos de mensagens”, disse Ortellado à GloboNews.

Desiformação se espalha

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Outro relatório feito pela empresa Palver aponta que a mentira de que a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul impediu a entrada de doações no estado por conta de falta de notas fiscais foi um dos conteúdos sobre a tragédia gaúcha mais compartilhado em grupos de WhatsApp e Telegram.

O levantamento foi feito entre os dias 29 de abril e 7 de maio em 68 mil grupos de WhatsApp e 3,2 mil canais do Telegram. Foram levadas em consideração mensagens que citavam rio Guaíba, crise, inundação, enchente, Rio Grande do Sul, chuva, desastre, Eduardo Leite e alagamento.

A fake sobre as notas fiscais, compartilhada pelo coach Pablo Marçal, foi desmentida pelo governo gaúcho.

“Apesar do comunicado da Defesa Civil que desmente a informação, o tema atingiu mais de 39 mil exibições aos usuários”, aponta a Palver.

Em relação ao governador do Eduardo Leite (PSDB), há conteúdos com ofensas homofóbicas. Em um dos vídeos encaminhado com frequência, um usuário critica a postura e roupas usadas por Leite ao pedir doações para as vítimas da tragédia.

“O governador do Rio Grande do Sul não sei se vocês sabem não gosta de mulher, não tem uma mulher dentro de casa. Um homem que não tem uma mulher dentro de casa não tem nada. O cara não tem família, como vai governar o Rio Grande do Sul?”, diz o vídeo.

Segundo o levantamento, a quantidade de menções ao presidente Lula também supera em alguns dias as postagens com informações de Pix e doações para as vítimas das enchentes

Polícia Federal

Segundo apurado pelo blog da Daniela Lima, integrantes do governo federal decidiram criar uma sala de situação para monitorar e combater o que especialistas definem como um ?enxame? de desinformação sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul.

A Advocacia-Geral da União (AGU), a Polícia Federal e a Secretaria Nacional do Consumidor também estão integradas à força-tarefa.

A Polícia Federal informou na quarta-feira (8) que abriu o inquérito pedido pelo governo federal para apurar a divulgação de conteúdos falsos a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul. O pedido de investigação foi anunciado na terça-feira (7) pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Fonte G1 Brasília

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