Na última eleição municipal de Cuiabá, enquanto as paixões políticas se acirravam, um nome emergiu com elegância e força: Rafaela Favaro. Jornalista, candidata a vice prefeita na chapa do petista Lúdio Cabral, e filha do influente senador e ministro Carlos Fávaro, Rafaela transformou uma missão quase impossível em um espetáculo de inteligência, empatia e habilidade discursiva. Sua presença suavizou a árdua tarefa de defender o PT em um estado onde a sigla enfrenta rejeições históricas.
Com um sorriso genuíno e uma postura que equilibrava firmeza e sensibilidade, ela mostrou que é possível trilhar a política sem cair nas armadilhas do discurso apelativo e rancoroso. É verdade, sua estreia teve deslizes. Afinal, quem não erra em sua primeira grande disputa? Contudo, até os excessos de entusiasmo acabaram por humanizá-la, refletindo uma autenticidade rara na política contemporânea.
A suavidade com que navegou por um campo minado de preconceitos e críticas, seu esforço para ressignificar símbolos e sua capacidade de articular ideias complexas em palavras simples fizeram dela uma figura que brilhou, mesmo quando o contexto parecia conspirar contra.
O horizonte de 2026 desponta com promessas para Rafaela. A jovem jornalista, que já mostrou ter coragem e visão, tem tudo para construir uma trajetória sólida na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Se mantiver o tom, a leveza e a capacidade de comunicação que marcaram sua estreia, poderá surpreender como uma novidade genuína na política estadual. Ela é a prova de que, em meio à rejeição, pode surgir um novo jeito de fazer política: menos ódio, mais humanidade.