Nota divulgada nesta quarta-feira (22) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirma que o reajuste nos valores das bandeiras tarifárias, anunciado na véspera, não terá ?impacto imediato? para o consumidor.
Nesta terça (21), a Aneel aprovou alta de até 64% no valor das bandeiras (cobrança extra aplicada às contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia no país). Os novos valores entram em vigor em 1º de julho e serão válidos até meados de 2023.
As bandeiras tarifárias são definidas mensalmente pela agência e sinalizam o custo da geração de energia.
Na nota, a agência argumentou que o reajuste aprovado nesta semana não terá impacto imediato porque desde 16 de abril está em vigor a bandeira verde ? pela qual não há cobrança extra nas contas de luz.
A estimativa da Aneel é que a bandeira verde continue vigente ao longo deste ano, devido à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.
O nível dos reservatórios do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de produção de energia no país, chegou a 66,16% nesta terça-feira (21), segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em setembro de 2021, durante o período de escassez hídrica, os reservatórios da região chegaram a baixar para 16,75% da capacidade, menor nível desde novembro de 2014.
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Por que reajustar?
A revisão dos valores das bandeiras acontece anualmente, normalmente na metade do ano.
Segundo a Aneel, contribuíram para o cálculo do reajuste do ciclo 2022-2023:
- custos com a geração em 2021, durante o período de escassez hídrica;
- aumento dos custos com a geração térmica por conta da alta no preço dos combustíveis;
- correção monetária.
Impacto na conta de luz
Segundo cálculo da Aneel, a alta no valor das contas de luz pode chegar a:
- 15% se a bandeira vermelha patamar 2 for acionada;
- 10% quando a bandeira vermelha patamar 1 for acionada;
- 5% se estiver em vigor a bandeira amarela.
Fonte G1 Brasília