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Receita diz que governo Bolsonaro não cumpriu procedimentos para destinar joias ao patrimônio público

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A Receita Federal divulgou uma nota na noite deste sábado (4) afirmando que, mesmo após orientações, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tentou regularizar e não apresentou um pedido fundamentado para incorporar as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões ao patrimônio da União.

“A incorporação ao patrimônio da União exige pedido de autoridade competente, com justificativa da necessidade e adequação da medida, como por exemplo a destinação de joias de valor cultural e histórico relevante a ser destinadas a museu. Isso não aconteceu neste caso.”

Os itens trazidos da Arábia Saudita para então primeira-dama Michelle Bolsonaro foram transportados em uma mochila por um assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. A equipe do ex-ministro havia viajado, em outubro de 2021, para participar de um evento oficial na Arábia Saudita.

Os bens foram apreendidos pela Receita Federal por não terem sido declarados no momento de entrada no país e ficaram retidos no órgão em razão do não pagamento do imposto de importação.

Além disso, a Receita informou que, “na hipótese de agente público que deixe de declarar o bem como pertencente ao Estado Brasileiro, é possível a regularização da situação, mediante comprovação da propriedade pública, e regularização da situação aduaneira”.

No entanto, isso “não aconteceu no caso em análise, mesmo após orientações e esclarecimentos prestados pela Receita Federal a órgãos do governo”.

O órgão afirmou ainda que não havendo essa regularização, o bem é tratado como pertencente ao portador e que não havendo pagamento do tributo e multa, é aplicada a “pena de perdimento”, cabendo recursos. O caso foi encerrado em julho de 2022.

Na nota, a Receita acrescentou que “todo cidadão brasileiro sujeita-se às mesmas leis e normas aduaneiras, independentemente de ocupar cargo ou função pública”.

Mais cedo, Bento Albuquerque enviou um comunicado em que escreveu que a pasta “encaminhou solicitação para que o acervo recebido tivesse o seu adequado destino legal”. Informação que, posteriormente, foi negada pela Receita.

Desde que o caso foi revelado pelo jornal “Estado de S. Paulo”, o ex-ministro deu três versões diferentes sobre as joias (veja abaixo).

Manifestações dos envolvidos

Sobre as joias, Bento Albuquerque deu três versões para a história:

  1. Ao jornal o Estado de São Paulo, ele disse que não sabia o que estava dentro da mochila e que quando viu o conteúdo, afirmou que as joias deveriam ser para primeira-dama;
  2. Ao jornal O Globo, Bento disse que as joias foram devidamente incorporadas ao acervo brasileiro;
  3. E em entrevista ao repórter Nilson Klava, da GloboNews, Bento Albuquerque disse que o presente era para o Estado brasileiro e que Bolsonaro e Michelle não sabiam das joias.

O ex-ministro enviou um recibo que seria dos presentes destinados a Bolsonaro, mas o documento, com data de 29 de novembro de 2022, não inclui as peças de diamantes. Pela foto enviada, há apenas objetos masculinos.

Na noite deste sábado (4), Bento Albuquerque enviou uma nota sobre o caso em que reafirmou que o Ministério de Minas e Energia encaminhou solicitação para que “o acervo recebido tivesse o seu adequado destino legal”.

Ele apontou ainda que a Receita foi informada sobre o “desembarque da comitiva no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), ocasião que o Ministério esclareceu a procedência dos itens, sem nenhuma tentativa de induzir, influenciar ou interferir nas ações adotadas por representantes do fisco”.

Joias foram trazidas ao Brasil de forma irregular; bens eram presentes da Arábia Saudita para Michelle. ‘Todo cidadão sujeita-se às mesmas leis e normas aduaneiras, independentemente de ocupar cargo ou função pública’, apontou a Receita. ias foram trazidas ao Brasil de forma irregular; bens eram presentes da Arábia Saudita para Michelle. ‘Todo cidadão sujeita-se às mesmas leis e normas aduaneiras, independentemente de ocupar cargo ou função pública’, apontou a Receita. ias foram trazidas ao Brasil de forma irregular; bens eram presentes da Arábia Saudita para Michelle. ‘Todo cidadão sujeita-se às mesmas leis e normas aduaneiras, independentemente de ocupar cargo ou função pública’, apontou a Receita. ias foram trazidas ao Brasil de forma irregular; bens eram presentes da Arábia Saudita para Michelle. ‘Todo cidadão sujeita-se às mesmas leis e normas aduaneiras, independentemente de ocupar cargo ou função pública’, apontou a Receita. ias foram trazidas ao Brasil de forma irregular; bens eram presentes da Arábia Saudita para Michelle. ‘Todo cidadão sujeita-se às mesmas leis e normas aduaneiras, independentemente de ocupar cargo ou função pública’, apontou a Receita. ós a reportagem ser publicada, Michelle comentou o caso em uma rede social. Ela escreveu: “Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa imprensa vexatória”.

À CNN, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse: “Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade”.


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Fonte G1 Brasília

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