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Recuo no IOF expõe divisão entre alas política e econômica do governo Lula

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O recuo no IOF explicitou uma divisão já existente entre as alas política e econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

A própria fala do Haddad de que o IOF foi debatido na mesa do presidente Lula e que cabe ao petista convocar ministros, como dito em entrevista ao jornal “O Globo”, foi uma reação aos ataques internos que o ministro da Fazenda estava sofrendo.

A percepção da ala política é de que o ministro Fernando Haddad, para evitar vazamentos, preferiu não detalhar as medidas.

Então, o aumento do IOF, segundo interlocutores políticos do presidente Lula, foi falado de forma muito superficial, o que, segundo integrantes do Planalto, inviabilizou a avaliação do impacto político dessa decisão.

Haddad, na semana passada, enfatizou que a decisão de recuar sobre alguns itens do IOF foi técnica. Mas, na avaliação de integrantes do Palácio do Planalto, o desgaste político é enorme, sobretudo da parte em que não houve recuo e que permanece no decreto.

A oposição já entrou na Câmara e no Senado com um projeto para derrubar o decreto do governo e independentemente de conseguir ou não vai desgastar o governo e explicitar que o governo adota a prática de aumento de impostos com frequência, o que coloca um “carimbo” no presidente Lula.

Já houve desgaste com a questão do PIX no início do ano e outro desgaste mais recente, das fraudes do INSS.

“Era tudo o que o governo não precisava neste momento: mais uma crise de imagem”, afirmou um interlocutor de Lula.

A preocupação é que esse episódio pode aprofundar o desgaste da popularidade do presidente. Ou seja, crise em cima de crise, em um momento em que se tentava recuperar a imagem do governo.

Aliados de Lula tinham acabado de conseguir adiar a CPI do INSS e, agora, surge a questão do IOF.

Para interlocutores, o ministro Fernando Haddad tem demonstrado contrariedade que vem recebendo da área política do governo. em uma conversa reservada, chegou a falar que as pessoas estão pensando muito em 2030 e esquecendo que primeiro é preciso vencer 2026 ? em uma referência de que o governo precisa ter a reeleição para só depois pensar em quem será o candidato da esquerda em 2030.

Na percepção reservada, feita por Haddad, tem uma ala que já está mirando 2030 e deflagrando uma disputa interna do governo, independentemente do debate técnico sobre a elevação do IOF, o fato é que o desgaste político é enorme. Mais uma vez, o governo está na defensiva.

Fonte G1 Brasília

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