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Relembre os destaques dos discursos de Lula na 3ª viagem à Europa

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na última terça-feira (20) na Europa. Na terceira viagem ao continente desde que voltou ao Planalto, ele cumpriu agendas na Itália, no Vaticano e na França.

Em Roma, na Itália, Lula se reuniu, na quarta (21), com o prefeito da cidade, Roberto Gualtieri; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; e o presidente do país, Sergio Mattarella. No Vaticano, esteve com o Papa Francisco.

Um dia depois, o petista seguiu para compromissos na França. Por lá, participou de um festival de música e discursos políticos, encontros com o presidente francês, Emmanuel Macron, e de uma cúpula com lideranças mundiais sobre o sistema financeiro global.

Na viagem, Lula discursou, entre outros pontos, a respeito de ações contra desigualdade e mudanças climáticas, e das tratativas para o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Relembre a seguir os destaques das falas de Lula na Europa:

Brasil no ‘centro’ das discussões climáticas


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Ao lado do prefeito de Roma, na quarta (21), Lula afirmou que a ida à Europa recoloca o Brasil “no centro” das discussões sobre mudanças climáticas no mundo.

“A minha viagem foi uma viagem, do meu ponto de vista, de recolocar o Brasil no centro das discussões sobre a questão climática no mundo”, afirmou.

“Vocês sabem que o Brasil é um país muito importante o Brasil tem uma matriz energética, possivelmente, a mais limpa do mundo, o Brasil tem um compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030”, acrescentou.

A declaração ocorreu após o presidente ter se reunido com Francisco e líderes da Itália. A respeito do encontro com o Papa, Lula agradeceu por uma “boa conversa sobre a paz no mundo”.

Crítica à taxa básica de juros


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Antes de embarcar para a Itália, ainda em Roma, Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. As declarações ocorreram na quinta (22), um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a taxa básica de juros em 13,75%.

“Eu acho que esse cidadão joga contra a economia brasileira. Não existe explicação aceitável do porquê a taxa de juros estar em 13,75%.”

Lula também avaliou como “irracional” a decisão tomada pelo Copom.

“Não se trata de o governo brigar com o Banco Central. Quem está brigando com o Banco Central é a sociedade brasileira. É irracional o que está acontecendo no Brasil, você ter uma taxa de 13,75% com uma inflação de 5%”, disse.

Gastos com guerras


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Em entrevista à imprensa, antes de deixar Roma, Lula criticou os gastos com guerras pelo mundo. Segundo ele, “não é justo” utilizar recursos em conflitos enquanto pessoas passam fome.

“O mundo tem 800 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer, e não é justo gastar bilhões de dólares ou de euros com guerra. É desnecessário quando a gente poderia estar vivendo em um momento de paz”, disse ao ser questionado sobre a guerra na Ucrânia.

Na declaração, ele voltou a defender a criação de um grupo internacional para negociar o fim do conflito da Rússia contra Ucrânia.

“O dado concreto é que milhares de pessoas estão morrendo. Você pode recuperar um prédio, mas não pode recuperar as pessoas. O importante é parar”, disse.

Lula também avaliou o encontro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que representa a extrema direita francesa.

Segundo ele, “nenhum país do mundo que eu visito eu me preocupo com pensamento ideológico do presidente”.

‘Dívida histórica’ de países com o meio ambiente


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A convite da banda Coldplay, na quinta (22), o presidente Lula discursou em festival na capital francesa, e defendeu que países ricos têm uma “dívida histórica” e devem financiar a preservação de florestas, como a Amazônia.

Segundo o presidente brasileiro, “não foi o povo africano que polui o mundo, não é o povo latino-americano que polui o mundo”.

“Na verdade, quem poluiu o planeta nestes últimos 200 anos foram aqueles que fizeram a revolução industrial e, por isso, têm que pagar a dívida histórica que têm com o planeta Terra”, afirmou.

Lula também destacou que há o compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030.

Críticas ao acordo Mercosul-União Europeia


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Nesta sexta (23), um dia antes de embarcar de volta ao Brasil, Lula discursou na Cúpula sobre Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, na França.

O bloco desacelerou a conclusão do acordo, negociado desde 1999, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Mais recentemente, o bloco apresentou ao Mercosul propostas adicionais ao acordo negociado. Os instrumentos estabelecem sanções em caso de descumprimentos de obrigações dos países signatários, em especial no agronegócio.

“Eu estou doido para fazer um acordo com a União Europeia. Mas não é possível, a carta adicional que foi feita pela União Europeia não permite que se faça um acordo. Nós vamos fazer a resposta, e vamos mandar a resposta, mas é preciso que a gente comece a discutir. Não é possível que nós temos uma parceira estratégica, e haja uma carta adicional que faça ameaça a um parceiro estratégico”, afirmou.

Moeda comum


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Ainda na cúpula sobre o sistema financeiro global, Lula voltou a defender a criação de uma moeda comum entre países para negociações comerciais. A iniciativa, segundo ele, funcionaria como alternativa à dependência do dólar.

“Tem gente que se assusta quando eu falo que é preciso criar novas moedas em novos comércios. Não sei por que o Brasil e a Argentina tem que fazer comércio em dólar, por que a gente não pode fazer nas nossas moedas. Eu não sei por que o Brasil e a China não podem fazer nas nossas moedas, por que que eu tenho que comprar dólar.”

Lula afirmou que o tema é uma de suas prioridades, em especial nas relações do Brasil com Argentina e China ? maiores parceiros comerciais do país.

O presidente disse esperar discutir a iniciativa nas próximas reuniões do BRICS ? grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ? e do G20, que reúne os países com economias mais desenvolvidas.

O petista ainda pediu mais investimentos em economias menos desenvolvidas, no combate à fome e em ações contra as desigualdades sociais, de raça e gênero.

Combate à desigualdade

Em discurso a lideranças políticas, na França, Lula defendeu que o combate à desigualdade deve ter tanta prioridade quanto a questão climática.

“Eu vim aqui para falar que, junto com a questão climática, presidente [Emmanuel] Macron, nós temos que colocar a questão da desigualdade mundial. Não é possível que numa reunião entre presidentes de países importantes, a palavra desigualdade não apareça. A desigualdade salarial, a desigualdade de raça, a desigualdade de gênero, a desigualdade na educação, a desigualdade na saúde”, disse em declaração na Cúpula sobre Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, na França.

“Ou seja, nós estamos num mundo cada vez mais desigual e, cada vez mais, a riqueza está concentrada na mão de menos gente. E a pobreza concentrada na mão de mais gente. Se nós não discutirmos essa questão da desigualdade, e se a gente não colocar isso com tanta prioridade quanto a questão climática, ou seja, a gente pode ter um clima muito bom e o povo continuar morrendo de fome em vários países do mundo”, acrescentou.

Fonte G1 Brasília

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