A candidata a deputada federal, Gisela Simona (União Brasil), afirmou na tarde desta sexta-feira (26), após recontagem de votos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), que respeita a decisão da justiça, que sagrou o ex-secretário de educação, Marco Marrafon (Cidadania), como o “herdeiro” da vaga do deputado Neri Geller (PP), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder econômico.
“Nós respeitamos a posição do TRE de Mato Grosso e vamos seguir o jogo. Vamos seguir a nossa caminhada rumo as eleições de 2022. O que importa para nós é que a justiça foi feita no processo de cassação. As provas robustas comprovaram que realmente houve abuso do poder econômico e o que nós não podemos concordar jamais, é que as ilegalidades prevaleçam”, disse ela.
“Fica aí ao eleitor, fica aí ao cidadão, se modelo que nós temos de eleição está correto ou não no Brasil. No sentido de que, uma pessoa que tem 27 mil votos assuma [a vaga] e alguém que teve mais de 50 mil fique fora. [Mas] faz parte do jogo, faz parte da regra”, acrescentou.
Inicialmente, a vaga ficaria com o prefeito em Tangará da Serra (252 km de Cuiabá), Vander Alberto Masson (PSDB). O tucano ficou à frente de Marrafon por 20 votos em 2018 e, por isso, é o primeiro suplente da coligação. Porém, não deve renunciar à prefeitura para assumir o cargo de deputado por apenas 5 meses.
Na sequência, o TRE deverá encaminhar um ofício para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pedindo a validação de Marco Marrafon como representante do estado.
Gisela comemorou cassação
Gisela comemorou na última terça-feira (23), a cassação de mandato de Neri e esperava assumir sua cadeira no Congresso Nacional por pelo menos 5 meses. Porém, a Justiça Eleitoral determina que parlamentares cassados durante cumprimento de mandato possuem seus votos anulados, desta forma, não podem ser reaproveitados pela coligação. À época, Simona pertencia ao Pros.
Em 2018, Neri obteve pouco mais de 70 mil votos, e a coligação era formada, por PRB, PP, PTB, PT, PMN, Podemos, Pros e PR. No total, a composição havia conquistado 490 mil e Geller havia sido eleito por média.
A ex-superintendente do Procon recebeu mais de 50 mil votos e nunca teve a oportunidade de ocupar a vaga na Câmara Federal.
“A Justiça está sendo feita e o importante é as pessoas acreditarem no voto. O poder econômico tirou de nós a oportunidade de ter exercido um mandato realmente popular. Embora tardia, fico feliz com o resultado de poder, hoje, com essa decisão da Justiça, assumir o lugar que era nosso, do povo de Mato Grosso”, declarou ela, durante live na última terça-feira.
Fonte: Isso É Notícia