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A Rússia suspendeu neste sábado (29) sua participação no acordo que permite a exportação de cereais dos portos ucranianos, essenciais para a segurança alimentar mundial, depois de denunciar um ataque a seus navios na Crimeia e atribuí-lo à Ucrânia e ao Reino Unido.
A Rússia interrompeu sua participação no pacto devido à “ação terrorista do governo de Kiev com participação de especialistas britânicos contra a frota do mar Negro e contra navios civis que fornecem segurança aos corredores de grãos”, informou o Ministério da Defesa russo no Telegram.
O acordo entre Kiev e Moscou, selado com a mediação das Nações Unidas e da Turquia, permitiu exportar milhões de toneladas de grãos bloqueados nos portos ucranianos desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
O bloqueio elevou os preços dos alimentos em todo o mundo e aumentou o medo da fome.
Os Estados Unidos acusaram a Rússia neste sábado de “transformar os alimentos em armas, impactando diretamente as nações necessitadas”.
A ONU considerou “vital que todas as partes se abstenham de qualquer ação que possa colocar em risco” um acordo que tem um “impacto positivo” na distribuição de alimentos no planeta.
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“Afirmações falsas”
As autoridades da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, anunciaram na madrugada deste sábado que navios da frota russa do mar Negro repeliram um ataque com drones na baía de Sebastopol e que todos os artefatos foram derrubados.
O Ministério da Defesa do Reino Unido rejeitou essas acusações, alegando que Moscou está apenas tentando “desviar a atenção de sua gestão desastrosa da invasão ilegal da Ucrânia ao espalhar alegações falsas de proporções épicas”.
O exército russo também acusou o Reino Unido de estar envolvido nas explosões que provocaram vazamentos em setembro nos gasodutos Nord Stream 1 e 2 no mar Báltico, construídos para transportar gás russo à Europa.
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, afirmou que Moscou levaria esse assunto, assim como o dos ataques com drones, ao Conselho de Segurança da ONU.
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Múltiplos ataques
Os ataques à Crimeia se multiplicaram nas últimas semanas, enquanto as forças ucranianas realizam uma contraofensiva para ganhar terreno no sul do país em direção à cidade de Kherson, perto da península que serve de base de retaguarda à operação militar russa.
O governador de Sebastopol, Mikhail Razvojayev, afirmou na quinta-feira que a central térmica de Balaklava foi atingida em um ataque com um drone.
Em agosto, as autoridades russas tinham denunciado dois ataques contra sua frota, baseada nesta cidade.
Em 31 de julho, um drone pousou no pátio do Estado-Maior da Frota, ferindo cinco funcionários e causando o cancelamento de todas as comemorações planejadas por ocasião do Dia da Frota Russa.
E no início de outubro, a ponte da Crimeia, uma infraestrutura fundamental que liga a península à Rússia, inaugurada com grande pompa por Vladimir Putin em 2018, foi danificada pela explosão de um caminhão-bomba.
No terreno, o exército ucraniano relatou combates nas regiões de Luhansk e Donetsk, no leste do país, especialmente perto de Bakhmut, a única área onde as tropas russas fizeram progresso nas últimas semanas, além de bombardeios em várias outras regiões.
Os separatistas pró-Rússia que lutam ao lado das tropas de Moscou anunciaram uma nova troca de prisioneiros com Kiev, com cinquenta de cada lado.
Na frente sul, jornalistas da AFP destacaram batalhas de artilharia na cidade de Kobzartsi, a última cidade do lado ucraniano antes da linha de contato com os russos.
As forças ucranianas e russas se preparam para a batalha de Kherson, capital regional, onde as autoridades de ocupação evacuaram dezenas de milhares de civis, em um movimento qualificado de “deportação” pela Ucrânia.
Fonte G1 Brasília