Os governadores que já estão de olho nas eleições de 2026 tiveram seu poder político colocado à prova nas eleições municipais deste domingo (6). O saldo não foi positivo para muitos deles, que saíram com derrotas ou, no mínimo, ficaram “de recuperação”. Veja no vídeo acima.
Zema
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema, do partido Novo, apoiou desde o início da corrida eleitoral o apresentador Mauro Tramonte, do Republicanos, que terminou na terceira colocação. A escolha de Zema gerou um impacto negativo na sua base política no estado, especialmente na Assembleia Legislativa. O apoio a Tramonte resultou na perda de aliados de peso, como PL e PSD, que estão no segundo turno e agora se distanciaram do governador, comprometendo a aprovação de seus projetos.
Caiado
No Centro-Oeste, em Goiás, o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, enfrentou um cenário complicado. Ele apoiou o ex-deputado federal Sandro Mabel, que está no segundo turno, mas que liderava as pesquisas e agora perdeu terreno para Fred Rodrigues, candidato do PL. A disputa entre dois candidatos de direita fragmenta o grupo político de Caiado, já que ele e Jair Bolsonaro compartilham o eleitorado conservador em Goiânia. Ainda assim, Caiado conseguiu um ponto positivo ao eleger 94 prefeitos em Goiás.
Eduardo Leite
No Sul, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB, teve um resultado decepcionante. Ele apoiou a deputada estadual Juliana Brizola, do PDT, em Porto Alegre, que ficou em terceiro lugar e não avançou para o segundo turno. Em Pelotas, sua cidade natal onde já foi prefeito, Leite também sofreu uma derrota, com o PSDB saindo derrotado.
Ratinho Júnior
Tarcísio
No Sudeste, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teve um grande destaque. Ele que foi o principal fiador da campanha de Ricardo Nunes, conseguiu uma vitória importante no primeiro turno. Tarcísio precisou superar até mesmo a resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro. A questão agora é a expectativa de até que ponto o presidente Lula vai se envolver na campanha de Guilherme Boulos, tornando o embate político municipal também, de forma oculta, um confronto entre os “padrinhos” Lula e Tarcísio.
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Fonte G1 Brasília