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‘Seleção’ do PT cotada para o esquema tático do governo Lula 3

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Quem acompanha de perto as indicações da transição acredita que Lula tem adotado a tática da manobra diversionista ao confirmar nomes para áreas em que ex-ministros já atuaram – mas não querem (nem devem) mais ocupar.

Exemplo disso são casos como de Haddad (Educação) e Padilha (Saúde). Ex titulares dessas pastas, hoje, têm dito que não querem mais atuar nessas áreas, mas estão cotados para outras.

Na visão de um auxiliar próximo de Lula, os cotados para jogar o esquema tático, hoje, do presidente eleito inclui um quarteto do PT: Haddad ou Padilha, na Fazenda, Rui Costa, na Casa Civil, e Jaques Wagner, no Itamaraty.

A Bahia, sozinha, deu quase 4 milhões de votos de vantagem a Lula na eleição. Isso é lembrado constantemente nos bastidores da transição, além do perfil executivo de Rui agradar bastante Lula.

Haddad é visto como um dos sucessores de Lula e atende também à ideia de repetir o modelo Palocci em 2002: um político na Fazenda. O desafio de Haddad é a articulação política e o mercado financeiro – ambos com resistências a seu nome. Uma das saídas discutidas é, se indicado, nomear técnicos na pasta e, no planejamento, um nome mais palatável ao mercado.

Padilha, por sua vez, tem interlocução com o congresso e também no mercado. Lula constantemente lembra a aliados como gosta da articulação política de Padilha – o que pode levá-lo de volta a uma pasta como a de articulação.

E, no caso de Jaques, é um dos coringas dos governos petistas e de extrema confiança de Lula. Já foi Defesa e Casa Civil de Dilma, a pedido de Lula, na maior crise de Dilma, durante o impeachment – e no Itamaraty pode ajudar na reconstrução da imagem do Brasil no exterior – prioridade de lula.

Nessa solução, assessores de Lula avaliam que as convocações também atenderiam a uma preocupação de Lula: não desfalcar no Senado principalmente a base da oposição bolsonarista que, como as urnas de outubro mostraram, vem forte a partir de fevereiro.

Fonte G1 Brasília

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