Alvo de críticas e desconfiança de bolsonaristas nas últimas eleições em Mato Grosso, o senador reeleito Wellington Fagundes (PL), participou na manhã de sexta-feira (3) do evento de inauguração do residencial Celina Bezerra, em Rondonópolis (218 Km de Cuiabá), onde esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fagundes, que encampou a campanha à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em MT no ano passado, vem sendo duramente criticado por bolsonaristas “raiz” aqui no estado, e tem recebido a alcunha de “melancia”, por ser “verde e amarelo por fora e ‘vermelho’ por dentro” – cor tradicionalmente ligada ao PT e partidos de esquerda do país.
O apelido também se dá por conta do histórico do senador de apoio à gestão do Partido dos Trabalhadores (PT), sendo inclusive coordenador estadual de campanha da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013.
Questionado pela imprensa sobre o assunto, Fagundes deixou claro que as críticas são motivos pra ele trabalhar ainda mais, e que a eleição ficou no passado, salientando ainda que o foco agora é trabalhar em conjunto com o Palácio do Planalto, para trazer obras e investimentos para o estado.
Além disso, ‘alfinetou’ colegas do PL, entre eles o deputado federal Abílio Brunini, afirmando que não está no Congresso Nacional só para ser “oposição por oposição”.
“Isso é um estímulo para eu trabalhar mais. A campanha eleitoral é o momento de cada um colocar suas ideias e até mesmo a questão partidária e ideológica. Depois disso, nós temos que trabalhar, porque a população que paga impostos quer serviços públicos de qualidade. Temos que nos unir, principalmente em um país com tantas diferenças regionais e dificuldades sociais. Não dá para ficar só em Brasília fazendo apenas discurso de oposição por oposição. Temos que ser construtivos, como o próprio ex-presidente Bolsonaro disse esses dias”, disse.
Wellington reforçou que a bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional precisa se unir e somar forças para trazer melhorias para o estado e enfatizou que as ações do Governo Federal impactam na população como um todo. Ele relembrou, ainda, que o residencial Celina Bezerra teve início na gestão Dilma Rousseff e beneficiará milhares de famílias, independente do posicionamento político dos moradores.
“Essa obra perpassa governos, pois começou na gestão da Dilma, o Bolsonaro praticamente concluiu e o presidente Lula está vindo inaugurar. Isso é correto, pois a obra pública não pertence a um Governo, mas sim ao Estado. A população vive e nós, os políticos, passamos. Acho que, mais do que nunca, não é apenas uma bandeira branca, mas também ações que possam verdadeiramente trazer aquilo que o povo precisa”, concluiu.
Fonte: Isso É Notícia