Em um gesto que expõe não apenas desinformação, mas também uma tentativa clara de manipulação política, o governador Mauro Mendes lançou mão de uma narrativa inverídica sobre a PEC 01/2025, atribuindo-lhe um suposto impacto de 20% de Revisão Geral Anual (RGA) — percentual que simplesmente não consta no texto da proposta. A Proposta de Emenda Constitucional, de fato, trata exclusivamente da fixação da data-base em janeiro, da criação de um índice estadual atualizado (a partir da UPF) e da instituição de uma Mesa Permanente de Negociação, sem qualquer previsão de percentual de reajuste.
A crítica contundente parte de Carmen Machado, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos de Mato Grosso (FESSP-MT), entidade de segundo grau com carta sindical reconhecida pelo Ministério do Trabalho. Machado denuncia que o governador, ao propagar uma distorção tão grave, tenta incutir na população e nos deputados estaduais um sentimento artificial de rejeição contra os servidores, atacando uma proposta que visa a construção de uma política de Estado — e não de governo — para garantir direitos fundamentais da categoria.
A mobilização dos servidores agora se intensifica: é preciso esclarecer a sociedade, enfrentar a retórica enganosa do Palácio Paiaguás e deixar claro ao Parlamento que quem votar contra a PEC 01/2025 estará votando contra a dignidade de milhares de trabalhadores públicos. E a resposta virá nas urnas, porque os servidores, que o governador tentou pintar como “trouxas”, mostrarão sua força com a mais legítima arma da democracia: o voto consciente e determinado.