A assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu ao atentado contra a vereadora Marielle Franco em 2018, afirmou nesta segunda-feira (24) ter recebido com “satisfação” notícia do avanço das investigações com a prisão de um terceiro suspeito de envolvimento no crime.
Em nota enviada à GloboNews, Fernanda parabenizou à Polícia Federal e disse que a operação desta segunda-feira é um “passo importante” para o esclarecimento dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
“Recebo a notícia com satisfação. Um passo importante, sobretudo após um imenso hiato, em que ficamos sem qualquer avanço das investigações e nenhuma manifestação das autoridades sobre esse crime”, afirmou Fernanda Chaves.
Mais cedo, nesta segunda, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel. Ele já havia sido preso em 2020. E, em 2021, foi condenado por atrapalhar investigações, mas cumpria pena em regime aberto.
A operação Élpis ocorre depois da delação premiada de Elcio Queiroz, que confessou ter participado do crime, disse que Ronnie Lessa matou Marielle, e apontou a participação de Suel.
Para a assessora de Marielle à época dos assassinatos, o crime teve motivação política e expôs a “vulnerabilidade” da democracia brasileira. “Expôs a frágil proteção oferecida aos defensores de direitos humanos”, frisou Fernanda.
Ela disse ainda que o não esclarecimento do crime até o momento contribui para “a sensação de impunidade” e “macula a legitimidade das instituições garantidoras de justiça e segurança pública do país”.
Fernanda também declarou que “quem zela pela democracia irá em busca da resposta”. “Parabéns à PF que, por determinação do ministro da Justiça, colocou no centro das prioridades a solução do crime”, conclui a ex-assessora de Marielle.
Fonte G1 Brasília