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Sonia Guajajara visitará nesta segunda região de conflito entre ruralistas e indígenas na Bahia

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A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, embarcará nesta segunda-feira (22) para a região da Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, no Sudoeste da Bahia. Segundo a pasta, ela deve acompanhar as investigações de um ataque a indígenas na área.

Uma indígena da etnia pataxó foi morta durante um confronto entre indígenas e fazendeiros neste domingo (21). De acordo com o ministério, a vítima é Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó.

Além dela, seu irmão, o cacique Nailton Muniz, foi atingido no rim. Ele foi submetida a uma cirurgia no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga. Outros feridos chegaram a ser hospitalizados, mas não correm risco de morte.

O Ministério dos Povos Indígenas afirmou que o ataque foi fruto de uma mobilização de cerca de 200 ruralistas da região. O pano de fundo da disputa é a posse da Fazenda Inhuma, que havia sido ocupada por indígenas no último sábado (20).

A pasta disse monitorar o caso desde as primeiras informações junto da Polícia Federal, da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e dos ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento Agrário.

“Representantes do ministério, que estiveram recentemente no sul da Bahia, discutindo questões territoriais com as lideranças Pataxó Hã Hã Hãe, também estão em contato com a Coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia, para garantir o cuidado com os feridos”, diz nota divulgada pelo ministério.

O caso

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o confronto ocorreu durante a ação de um grupo intitulado Movimento Invasão Zero.

Quatro armas de fogo encontradas com os fazendeiros foram apreendidas e encaminhadas para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

O caso é investigado pela delegacia de Itapetinga e acompanhado pela Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Sudoeste-Sul)

A Secretaria da Segurança Pública determinou o reforço, por tempo indeterminado, do patrulhamento ostensivo na região.

Fonte G1 Brasília

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