O ex-vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), mais uma vez optou pelo caminho da verborragia e da beligerância política, disparando ataques desmedidos contra aliados históricos do campo progressista, como os deputados Valdir Barranco e Lúdio Cabral, ambos do PT. Em tom de mágoa , Stopa defendeu publicamente o rompimento da federação PV-PT-PCdoB e, entre palavras rudes, revelou o que parece ser sua real angústia: a dificuldade de se afirmar como protagonista no cenário político sem escorar-se em articulações de bastidores com figuras da direita cuiabana como Vanderlúcio e o vereador Alex Rodrigues. O discurso que exibe nos microfones, contudo, não se reflete até agora em coragem para enfrentar o teste das urnas.
É chegada a hora de José Roberto Stopa transformar sua retórica inflamável em votos. Se tanto despreza companheiros e alardeia sua força própria, nada mais coerente do que disputar, de peito aberto, um mandato em 2026, sem depender da sombra de vereadores que negociam cargos em mesas de bar e sem se perder em traições de ocasião. Como o próprio Stopa já sentenciou, “lealdade termina quando termina o mandato”. Que então a lealdade do eleitorado, se é que existe para com seu estilo, seja aferida nas urnas, e não apenas em assembleias inflamadas ou acordos de ocasião.