A equipe abriu o placar, sofreu a virada, mas buscou o empate e manteve a invencibilidade. Após o jogo, o técnico Eduardo Barros avaliou a atuação e afirmou que, pelo que produziu, o Dourado merecia sair de Goiânia com a vitória.
– Se tivesse que ter um vencedor pelo que produziu no jogo, deveria ser a equipe do Cuiabá. Fizemos um primeiro tempo muito superior, com as melhores chances, em quantidade e qualidade. Acho que o lance mais perigoso do Vila Nova, salvo engano no primeiro tempo, foi uma cabeçada do Poveda. Conseguimos transformar logo no início uma boa oportunidade em gol, porque a gente não foi competente para fazer isso no primeiro tempo.
O treinador comentou o momento em que o time sofreu o primeiro gol e a queda de rendimento após o empate:
– Num momento de descuido quando uma equipe sofre um gol, ela tende a naturalmente se lançar. Foi o que aconteceu com o Vila Nova jogando em casa, precisando do resultado, não tivemos o equilíbrio e a consistência suficientes para neutralizar o adversário nesse momento do jogo. Tomamos um gol de contra-ataque. Ganhando o jogo, não podemo conceder um tipo de gol dessa característica, sobretudo ganhando a partida.
– Na sequência, após o empate, a equipe tem seu pior momento no jogo, porque ela passa a marcar de forma precipitada e errada, passa a atacar mal, não ter grandes ocasiões de gol. A gente volta para o jogo após algumas substituições. Acredito que merecidamente a gente consegue um empate, porque a gente insistiu, continuou produzindo, teve um volume de jogo. E no fim realmente ficou um jogo aberto que qualquer uma das equipes poderia ter vencido.
Invencibilidade
O Cuiabá chegou a sete jogos sem perder, mas segue sem vencer fora de casa há quase quatro meses e vê a distância para o G-4 aumentar para quatro pontos. A rodada ainda tem jogos a serem realizados.
– O empate aqui não nos interessava tanto, apesar de não ser um mau resultado. O empate fora de casa é um bom resultado, se você olha para a tabela de forma isolada. Para o momento da competição, é um resultado que não é bom, porque dois pontos a mais nos deixariam mais próximos do G4 – lamentou o treinador.
– Não podemos desconsiderar um jogo como a gente fez aqui, que é muito difícil. Duas equipes que estão à frente da tabela vieram aqui e não produziram a quantidade de chances que a gente produziu recentemente. Vou falar do Goiás e do Remo. O Vila ganhou aqui bem do Goiás, empatou com o Remo, concedendo um gol contra num jogo que foi absolutamente controlado pelo Vila. Então, vir aqui e produzir o que a gente fez, não é dos males o menor.
Eduardo Barros voltou a criticar a quantidade de gols sofridos e disse que esse é o principal problema do time neste momento:
-A gente toma mais gols do que deveria. Não podemos olhar para a tabela, para a classificação e termos mais gols concedidos do que rodadas sustentadas. E hoje esse é o problema crônico da equipe que eu estou tentando solucionar. Deve estar faltando alguma coisa, porque senão a gente não deveria ter concedido os gols como aconteceram hoje.
– ”Nós tomamos um gol de contra-ataque com toda a equipe atrás da linha da bola. Como isso? Era um jogo que estava, eu diria que controlado até a ocorrência do primeiro gol sofrido. Então é isso, a gente tem que trabalhar e melhorar. Porque se a gente quer lá no final da competição, no mês de novembro, ainda estar vivos na disputa por uma vaga na Série A de 2026, vai precisar melhorar essa performance defensiva da equipe.”
O técnico ressaltou que o problema defensivo não está restrito ao sistema defensivo, e sim ao comportamento coletivo:
– Os pontos escaparam não pela falta de competência em matarmos o jogo, vamos dizer isso, mas pela falta de consistência defensiva. E aí não é um problema da defesa, isso precisa ficar claro. O problema é do time todo: do atacante ao goleiro ou do goleiro ao atacante. O time todo precisa defender de forma consistente o tempo todo. E quem entrar no jogo, da mesma forma.
Barros explica estilo enérgico na beira do campo
– A ideia é que a equipe tenha um comportamento de muita assertividade na maior parte do jogo. O erro é inerente, podemos errar aspectos que fazem parte do jogo e outros que a gente treinou. tem que estar muito concentrado para executar com excelência. Nos momentos de mais irritação é quando a equipe, individual ou coletivamente, deixa de fazer aquilo que estava combinado. O jogo foi eletrizante. Vi uma boa partida de futebol, um jogo até mais aberto do que eu gostaria. Oferecemos mais chances ao adversário do que a gente vinha oferecendo nos últimos jogos.
Disputa aberta entre Jader e Juan Christian
-O Jader é um excelente jogador, já foi decisivo aqui pra gente em mais de uma oportunidade. Como você bem destacou, neste jogo ele fez um gol muito importante contra o América Mineiro também, salvo engano contra o Volta Redonda.
– Ele sofre um erro no momento em que o jogo ainda estava bastante estudado, então é um dos grandes talentos que o Cuiabá tem. E eu entendi que no intervalo eu precisava fazer essa troca pra equipe melhorar em algum aspecto do jogo, que no meu entendimento no primeiro tempo a gente deixou a desejar. Acho que foi isso que aconteceu, a gente volta muito bem.
Por fim o técnico deixou um mistério para as próximas rodadas.
– Essa posição da equipe, se vocês observarem, ela está em aberta e vai ser uma disputa sadia pra saber quem vai ser o titular da próxima partida.
Fonte GE Esportes