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Enfermeiros apoiam eleição de médico que foi contrário ao piso da enfermagem em Cuiabá.

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Mesmo com o desprezo de Sandrin, três enfermeiros ainda apoiam

candidatura de médico que é contra o piso salarial da categoria

Em entrevista, o vice de Botelho disse que o piso da enfermagem estabelecido por lei em R$ 4.750, tem o poder de causar uma “despesa impossível de ser paga”

A enfermagem em Cuiabá enfrenta um novo racha, desta vez por causa das eleições. Isso porque três dos cinco enfermeiros que concorrem ao cargo de vereador apoiam a eleição de Eduardo Botelho (União), que tem como vice o médico Marcelo Sandrin (Republicanos). Sandrin já declarou publicamente ser contra o piso da categoria. O apoio tem causado revolta na categoria, que conquistou o piso nacional depois de mais de 20 anos de luta.

Em entrevista realizada em abril de 2022, Sandrin, que na época era diretor-geral do Hospital filantrópico Santa Helena, afirmou estar “preocupadíssimo” com o aumento do piso dos profissionais, que acarretaria uma “despesa impossível de ser paga”. O piso da categoria ainda não havia sido sancionado pelo presidente da República e havia um projeto de lei em âmbito estadual para estabelecer os valores mínimos de remuneração para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

Antes da aprovação do piso, a média salarial dos enfermeiros era de R$ 2.500, segundo o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT). Agora, o salário-mínimo passou a ser de R$ 4.750. Para ajudar no custeamento, o Ministério da Saúde faz repasses mensais para as unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e filantrópicas, como é o caso do Hospital Santa Helena, dirigido por Marcelo Sandrin há mais de 40 anos.

Porém, mesmo com o histórico de embate entre a categoria e o médico, os candidatos Ligia Arfeli (PP), Jovelina Tizot (PP) e Meirielly Nantes (PSB) têm feito campanha pela chapa “Unidos por Cuiabá”, com direito a postagens nas redes sociais e participação em caminhadas e “arrastões” realizados na cidade.

Eleições polêmicas

Na última semana a categoria já havia se desentendido nas redes sociais cobrando que o Conselho Regional apoiasse os candidatos enfermeiros em Cuiabá. No entanto, por ser uma autarquia federal, o Coren-MT não pode apoiar candidatos, mesmo que apresentem propostas de interesse da categoria.

A própria presidente do Coren-MT, Bruna Santiago, foi fotografada participando de reunião política de outro candidato médico, Dr. Daoud Abdallah.

Esse movimento demonstra que a categoria não está unida nem entre as próprias candidaturas, uma vez que estão registrados no TRE, cinco candidatos da enfermagem somente em Cuiabá.

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