O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) adiou nesta segunda-feira (5), pela segunda vez, o julgamento da ação do candidato ao Senado, Neri Geller (PP). O progressista pede a rejeição de sua inelegibilidade, alegando preclusão, visto que, o Ministério Público já havia deferido sua candidatura para o pleito deste ano.
Na última sexta-feira (2), a ação de Neri já havia sido retirada da pauta, estendendo a discussão para essa semana. No entanto, na manhã desta segunda, o presidente do TRE, o desembargador Carlos Alberto da Rocha adiou novamente o processo.
O objetivo da defesa é garantir que Neri possa manter sua candidatura mesmo com seu mandato cassado e inelegível. Dessa forma, Geller “ganharia tempo” para recorrer da decisão do TSE.
A cassação
No dia 23 de agosto, Neri teve seu mandato de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ficou inelegível por 8 anos.
Geller respondia por abuso de poder econômico, referente às eleições de 2018, quando foi eleito à Câmara Federal.
A ação estava sob a relatoria do ministro Mauro Luiz Campbell e foi seguida por unanimidade.
No processo, o Ministério Público, argumentou que o progressista havia realizado doações na campanha de 2018, que totalizaram mais de R$ 1,3 milhão em favor de 11 candidatos que concorreram ao cargo de deputado estadual. E durante sua própria campanha, seus gastos chegaram a R$ 2,4 milhões.
Ao somar as doações e o custo de sua campanha, ultrapassaram o limite, que à época, era de R$ 2,5 milhões para cada deputado federal.
Fonte: Isso É Notícia