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Treta no ‘zap’: Moro é cobrado em grupo com banqueiros e políticos após reconciliação com Bolsonaro e pressiona por exclusão de crítico

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Em um grupo de WhatsApp do qual fazem parte grandes empresários e políticos brasileiros, entusiastas da chamada ?terceira via?, Sergio Moro (União Brasil) bateu boca por causa de críticas à sua reconciliação com Jair Bolsonaro (PL), a quem o senador eleito acompanhou no debate realizado no último domingo (16) pela TV Bandeirantes.

Por causa dos comentários ? classificados por ele como ?ofensas? ? Moro passou a pressionar os moderadores do grupo para que excluíssem o crítico.

O cineasta Lucas Mesquita relatou ao blog nesta terça-feira (18) que no domingo, durante o debate, começou uma conversa no grupo enviando mensagens críticas ao fato de Moro estar atuando como assessor de Bolsonaro, a quem fazia duras críticas desde que havia deixado o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, em 2020.

Em suas mensagens, Lucas opinou que a presença do senador eleito ao lado de Bolsonaro e contra Lula, que foi réu na Lava Jato, deixava clara a parcialidade de Moro em relação ao petista. De modo geral, os demais membros do grupo defenderam o ex-juiz, mas houve quem se juntasse aos questionamentos à conduta de Moro.


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Em determinado momento da discussão entre os membros, o próprio Sergio Moro ? que ainda estava no debate presidencial ? passou a responder aos comentários.

O ex-ministro de Bolsonaro questionou se Lula, uma vez no poder, daria autonomia para a Polícia Federal e para o Ministério Público. Ele também disse que só havia dois candidatos no segundo turno e que Lula era ?inaceitável sob todos os aspectos?, o que explicaria seu apoio a Bolsonaro. Moro seguiu argumentando que Lula não era uma alternativa, sem tratar diretamente dos questionamentos feitos em relação a seu apoio a Bolsonaro.

Como resposta, Lucas e outros membros críticos a Moro relembraram declarações feitas por ele quando anunciou sua demissão como ministro de Bolsonaro ? na ocasião, ele disse que o presidente fez diversas tentativas de interferir politicamente na PF e que isso não aconteceu durante os governos Lula e Dilma, nem mesmo durante as investigações da Lava Jato.

Depois que um dos membros do grupo opinou que Moro foi um juiz parcial, o juiz afirmou que ?não sabia que membros [do grupo] podiam ofender outros? e passou a pressionar a moderação do grupo para que ele fosse excluído, segundo fontes. De acordo com Lucas, os moderadores não cederam à pressão de Moro e não o censuraram em momento nenhum.

A pedido de um dos moderadores do grupo, Lucas enviou nova mensagem reafirmando que não ofendeu Moro ao chamá-lo de parcial e que pedia desculpas se o ex-ministro se sentiu ofendido.

Na segunda-feira (17), horas depois da mensagem do cineasta, Moro replicou que não aceitava o pedido de desculpas e classificou as manifestações de Lucas como ?enviesadas?.

Em resposta, Lucas compartilhou com o grupo um vídeo que ele fez para compartilhar nas redes sociais de um documentário feito por ele e seu irmão Gustavo Mesquita, ?Eles poderiam estar vivos?, que critica a forma como a pandemia do coronavírus foi tratada no Brasil, especialmente pelo governo federal.

O vídeo enviado por Lucas reúne trechos de reportagens mostrando a relação entre o presidente e Moro, de elogios de Bolsonaro à ação do juiz na Lava Jato, ao rompimento dos dois, encerrando com a recente reconciliação. Junto ao vídeo, enviou um texto incisivo em que reiterou as críticas feitas ao ex-ministro, afirmando que ele era o principal responsável pela eleição de Bolsonaro e contribuiu para um governo que chamou de ?genocida?.

Pouco tempo depois, o vídeo e o texto enviados por Lucas foram apagados e ele foi excluído do grupo.

O blog procurou a assessoria de imprensa do senador eleito e aguarda uma resposta.

Fonte G1 Brasília

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