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Vanderson avalia temporada com convocações e atuação de gala contra o Barça: “A melhor da carreira”

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O lateral-direito Vanderson, do Monaco e da seleção brasileira, está a dois jogos de concluir a melhor temporada da carreira. Ainda com Lyon e Lens pela frente, já garantiu seu recorde de partidas como titular no futebol europeu (35 das 39 realizadas no ciclo 2024/2025) e também seu maior número de participações em gols – marcou dois e deu cinco assistências.

– Essa é a minha melhor temporada, a na qual me senti mais à vontade no futebol europeu. Acho que entrei nos trilhos e me adaptei bem, conhecendo melhor o futebol europeu e conhecendo a mim mesmo. Os números estão aí para provar isso, tenho muita coisa a evoluir, mas essa temporada foi muito positiva em quesito de número de jogos e de participações em todos os aspectos. Acredito que essa temporada foi a melhor da minha carreira.

Vanderson chamou atenção não somente pelas tradicionais assistências em cruzamentos que acompanham a vida de um lateral, mas também em lançamentos de longa distância. Na vitória por 2 a 1 sobre o Barcelona, em setembro, a estreia na primeira Champions League da carreira foi perfeita. Mesmo deslocado para a lateral esquerda, que lhe reservou a incumbência de marcar Lamine Yamal, deu passes longos decisivos para Akliouche, no primeiro tempo, e Ilenikhena, na etapa final (veja no vídeo abaixo).

– Posso dizer que está no top-3 (dos momentos mais importantes da carreira). Eu vivenciei experiências únicas na minha carreira nessa temporada. Foi o primeiro jogo da minha carreira na Champions League e enfrentando o Barcelona, contra um dos melhores jogadores (Yamal) do futebol atual.

– Foram muitas coisas positivas, acredito que a minha estreia de titular na Seleção, que aconteceu nessa temporada também, está entre elas. Com certeza não foi fácil esse jogo contra o Barcelona e contra o Lamine, mas a gente conseguiu sair vitorioso na estreia na Champions League. E eu consegui ajudar a equipe com duas assistências. Foi, sim (especial), e será sempre lembrada por mim e por todo mundo.

Outro momento que está coração no de Vanderson foi a goleada por 4 a 0 sobre o Peru, em 15 de outubro de 2024, quando começou como titular com a Amarelinha pela primeira vez. O objetivo do atleta agora é manter o nível para chegar à tão sonhada Copa do Mundo.

– A gente sabe da concorrência que existe para vestir a camisa da Seleção. Sabe que em cada posição tem mais de 10 jogadores em alto nível, então não dá para dar brecha e tem que trabalhar sempre se a gente quiser almejar os objetivos de disputar uma Copa do Mundo e de querer ajudar a Seleção em primeiro lugar, sem vaidade nenhuma. Tem que manter o alto nível porque jogador de alto nível na Seleção tem bastante. Trabalhar para que o próximo treinador esteja apto para ajudar o Brasil e que possamos chegar à Copa do Mundo e ser campeão.

Confira outros tópicos da entrevista com Vanderson:

Você esteve presente em todas as convocações do Dorival Júnior desde o início da temporada europeia. Falta pouco mais de um ano para a Copa, imagino que esse sonho esteja martelando na sua cabeça, não?

– Não tem como. Quem fez parte do ciclo sonha demais, quer, ainda mais por uma primeira Copa do Mundo estar tão perto. É continuar trabalhando, acredito que colocar isso como objetivo é legal, mas é deixar as coisas acontecerem naturalmente que eu tenho certeza que tudo vai dar certo no final, com muito trabalho, dedicação e humildade. Não tem outro caminho, o mais importante é ajudar a Seleção mais do que tudo.

Sobre o Monaco, apesar da ótima temporada individualmente, vocês ainda têm um objetivo coletivo a cumprir faltando duas rodadas: a vaga na Champions League. O que fazer para não deixá-la escapar?

– Estamos perto do objetivo que foi traçado no começo da temporada. Era voltar à Champions League na próxima temporada, além de avançar na atual Champions League, como a gente conseguiu (caiu nos playoffs das oitavas). Agora estamos muito próximos do segundo objetivo, que é voltar à Liga dos Campeões na próxima temporada. Não está fácil, a diferença de pontos do segundo colocado até o sétimo é pouca. Vai ser disputado a cada minuto e a cada bola. Temos um confronto muito difícil contra o Lyon em casa, eles vão dar a última cartada deles contra nós. Nós também vamos querer manter o bom resultado que fizemos no jogo passado para segurar essa vaga.

Ainda a respeito da vitória histórica contra o Barça. Você foi deslocado para a lateral esquerda e teve de marcar Lamine Yamal, que está jogando demais. Como foi a semana anterior ao duelo com ele?

– O Lamine já vem se destacando há duas temporadas. Desde a Champions League passada que ele começou a evolução e hoje é esse jogador que a gente já conhece. A semana desse jogo foi bastante tensa, eu esperava jogar como lateral-direito e imaginava um confronto difícil com Raphinha, Ferrán Torres e Lewandowski. Esperava um jogo difícil, mas quando o treinador veio falar comigo e optou por mim na lateral esquerda para eu ajudar defensivamente no setor, foi bastante tenso. No final deu tudo certo. Consegui marcar bem, jogar bem e vencemos o jogo, que foi o mais importante.

Como foi a repercussão em Rondonópolis da sua grande atuação e da vitória do Monaco sobre o Barcelona, recebeu muitas mensagens?

– Muitas, peguei o celular e não parava (risos). Família toda assistindo ao jogo contra um adversário como o Barcelona e comigo jogando uma Champions League. Todo mundo estava feliz e depois do jogo foi só comemorar. A gente treinou bastante essa jogada (os lançamentos nos gols) e viu o jogo dessa semana contra a Inter de Milão. A gente já sabia no início da temporada que era uma característica do Hansi Flick jogar com linhas mais altas.

– Até por isso o treinador optou por me colocar na lateral esquerda para trazer para dentro e tentar os lançamentos. Foi assim que aconteceram os gols, as duas assistências aconteceram da forma que trabalhamos durante a semana. O resultado veio no campo e alegria nessa estreia contra uma equipe que até ontem (quarta-feira) estava na semifinal.

Além dessas contra o Barça, você deu assistência com lindo lançamento na estreia, contra o Saint-Étienne e outra com passe no ponto futuro nos 3 a 0 sobre o Olympique de Marselha. Você bate muito com a comissão técnica nessa questão dos lançamentos?

– A gente bate bastante nesse ponto. Não temos aquele centroavante de área que vai brigar o tempo todo, que faz o lateral ir toda hora no fundo. Claro que a minha característica é chegar ao fundo e fazer cruzamentos, mas quando tem essa bola de fazer um lançamento buscando os três quartos ou um lançamento mais atrás, o nosso time vai bem porque tem essa característica. O time tem jogadores que atacam os espaços, e a gente trabalhou muito essa temporada. E, conhecendo a característica dos meus companheiros, eu soube aproveitar da melhor forma. Saíram algumas assistências dessa forma, com companheiros atacando o espaço e eu percebendo e fazendo lançamentos precisos para poder ajudar a equipe.

Em que pontos acredita ter evoluído mais nessa temporada 2023/2024?

– Acho que pude evoluir em um pouquinho de cada coisa. Coloco três pilares. Fisicamente eu consegui entender mais o meu corpo e o que eu precisava para jogar mais jogos, tendo o descanso de viagens com Seleção também. Procurei entender mais para evitar lesões para que eu pudesse ter essa temporada de número alto de jogos e performando.

– E melhorando minha parte técnica, entendendo mais o espaço dentro de campo e as características dos companheiros, entendendo uma corrida que posso fazer para buscar um cruzamento ou uma assistência. Defensivamente eu melhorei muito, consegui meus melhores números defensivos da carreira nessa temporada (é o quinto que mais desarmou na Ligue 1 até o momento, com 75 efetuados). E mentalmente venho crescendo também, entendendo e conhecendo a minha mente. Acho que está tudo ligado nesse crescimento nessa temporada.

Em 21 de junho próximo, você completa 24 anos. O que quer de presente?

– Um presente que quero ganhar é classificando agora (para a Champions), seria muito especial por toda a temporada. Com altos e baixos, oscilações e outras coisas que passou. Essa classificação seria um presente muito bacana. De futuro, acho que é evoluir, a equipe do Monaco é muito visada por ter muitos jogadores jovens, muitos clubes estão de olho. É continuar fazendo o trabalho que estou fazendo, o clube sabe a minha ideia, eu sei a ideia do clube. É caminharmos juntos para ver a melhor situação para ambas as partes.

Fonte GE Esportes

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