O veto ao Projeto de Lei nº 1622/2023, que buscava implementar o sistema retornável intercambiável para garrafões de água mineral, continua a ser um tema polêmico. O governador Mauro Mendes (União Brasil) rejeitou a proposta em novembro de 2023, alegando inconstitucionalidades e possíveis impactos na livre concorrência. No entanto, em 21 de novembro de 2024, Wilmar José Franzner, proprietário da Puríssima, uma das empresas favorecidas pelo veto, tornou-se sócio do filho do governador na mineradora Greencal.
Franzner, que já liderava a ofensiva contra o PL dos Garrafões ao lado da Lebrinha, defendia a manutenção de garrafões exclusivos, favorecendo gigantes do setor em detrimento de 16 envasadoras que apoiavam o projeto como forma de democratizar o mercado. A rejeição do projeto pela Assembleia Legislativa, após o veto de Mauro, consolidou a hegemonia das grandes marcas e frustrou consumidores que buscavam liberdade de escolha.
A relação comercial entre Franzner e o filho do governador lança uma sombra sobre a decisão política que interrompeu as mudanças no setor de água mineral. Críticos apontam para um possível conflito de interesses, enquanto defensores do veto sustentam que a medida foi tomada com base em pareceres técnicos. O caso reacende o debate sobre a influência de grandes empresários nas políticas públicas do estado.