A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) a data da visita técnica nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com o deputado federal José Medeiros (PL), a vistoria está agendada para o próximo dia 8 de julho, às 9 horas.
A articulação junto à Comissão foi do deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB), o Emanuelzinho.
A vistoria técnica, solicitada pelo deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), vai verificar a paralisação de uma das principais obras de mobilidade urbana da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá. Trata-se de uma obra que deveria ter sido concluída para a Copa do Mundo de 2014 e que já custou R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Em dezembro de 2020, o governador Mauro Mendes (União) anunciou a troca do modal pelo BRT (em português, ônibus rápido no trânsito), devido às impossibilidades e irregularidades relacionadas ao VLT. Gutemberg destacou que a troca ocorreu sem diálogo e de forma “impositiva” aos municípios de Cuiabá e Várzea Grande.
“Tal decisão de substituição do modal se deu de forma unilateral e impositiva, sem a participação dos municípios integrantes da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, em total inobservância à governança Interfederativa, prevista na Lei nº 13.089 de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole)”, argumenta.
Em seu requerimento, Gutemberg cita ainda a decisão do Tribunal de Contas da União em suspender a implantação do BRT e a falta de embasamento técnico para alteração do modal.
“Isso exige que a Comissão de Viação e Transportes realize uma inspeção in loco da obra paralisada para que possa dessa forma contribuir para o alcance da melhor solução do imbróglio que se arrasta por anos, a fim de se evitar mais desperdício de recursos públicos bem como a implementação de uma política pública que não representa o anseio da população, tampouco a melhor e mais eficiente alternativa no âmbito da mobilidade urbana,”, diz Reis.
Para o deputado José Medeiros a conclusão do VLT deveria ser prioridade da atual gestão estadual, como também dos governos que o antecederam.
“Todos nós sabemos as irregularidades envolvidas na obra VLT e cabe à Justiça punir os culpados. Agora, a não conclusão do VLT significa jogar do lixo R$ 1 bilhão do povo mato-grossense. É preciso uma intervenção urgente para colocar um fim nesse imbróglio e garantir à população um modal de transporte moderno, limpo e acessível”, afirma Medeiros.
“É preciso dar transparência a todo esse processo. Já se passaram quase quatro anos da atual gestão estadual e nada foi resolvido. A população está sem o VLT, sem BRT e sem 1 bilhão de reais”, conclui. (Com informações da assesoria)
Fonte: Isso É Notícia