O deputado Wilson Santos (PSD) afirmou que a luta apenas começou após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a lei estadual de Mato Grosso que proíbe a instalação de usinas hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Rio Cuiabá. Wilson foi autor da lei. No entanto, tanto a Confederação Nacional da Indústria (CNI) como a Associação Brasileira de Energia Limpa (Abragel) ingressaram com ação direta de inconstitucionalidade. Nesta segunda-feira (8), por 8 votos a 2, os ministros do Supremo derrubaram a lei.
“Agora que vai começar a luta, que a cobra vai fumar. Vamos mobilizar ribeirinhos, classe artísticas, jornalistas, cantores e a sociedade em geral. Agora a disputa vai ser em Mato Grosso, em Cuiabá”, disse em entrevista à Rádio Cultura.
O deputado ponderou que a decisão do Supremo não significa ainda que as usinas estão autorizadas para construção. Mas quem vai dar a palavra final é o órgão ambiental, no caso a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Atualmente, a Sema analisa ao menos seis PCHs a serem construídas no Rio Cuiabá.”Não vamos deixar construir, vamos usar a força. Entrar com ações populares, vamos continuar lutando. Se a Sema cometer a loucura de ignorar estudos, aí vamos utilizar a força”.
Wilson destaca que tudo, até agora conspirou contra a defesa do Rio Cuiabá. Apenas a Assembleia Legislativa que manteve firme e conseguiu derrubar o veto do governador a lei. “De fato, durante o processo de votação no Supremo, o Governo do Estado encaminhou um memorial pedindo a nulidade da lei e acabou vencendo com a decisão do Supremo. Vamos fazer uma grande campanha e mostrar que o poder é da sociedade. Se não quisermos essas usinas, vamos fazer a nossa parte”.
Fonte: Isso É Notícia
