O deputado Wilson Santos (PSD) saiu em defesa do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), após a “polêmica” envolvendo a destinação de uma de emenda parlamentar de R$ 450 mil para financiar o programa “Casa Digital MT”.
Nessa semana, Botelho chegou a enfatizar que estava chateado com a situação e que se sentiu “ludibriado” com o ocorrido.
Durante a sessão plenária desta quarta-feira (29), Wilson chamou a atenção do secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jefferson Carvalho Neves, que aprovou o projeto. Segundo o parlamentar, nenhuma emenda pode ser paga sem uma análise criteriosa.
“Nenhuma emenda pode ser paga sem a devida análise. No Exército aprendi que ordem absurda não se cumpre. Se eu colocar uma emenda para abrir uma casa de prostituição no centro de Cuiabá, a secretária vai autorizar? Claro que não, é ali que tem o freio” explicou indignado.
Na última segunda-feira (27), o Ministério Público do Estado (MPE) instaurou uma investigação denominada “Notícia de Fato”, que deve apurar a destinação da emenda de Botelho. O próprio parlamentar acionou o MP por meio de um ofício pedindo a averiguação de um suposto uso indevido do recurso.
Por nota, o MP informou que o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges já solicitou informações complementares da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), da Assembleia Legislativa e do ex-deputado Jajah Neves, realizador do reality.
Em entrevista, o parlamentar disse que se sentia envergonhado por ter sido “ludibriado” pelos organizadores do evento. Segundo ele, o dinheiro deveria ser usado, para a capacitação de profissionais digitais influencers, para divulgar as potências econômicas, culturais, gastronômicas e turísticas de Mato Grosso.
Entretanto, o valor foi utilizado para realização de um “reality” estilo Big Brother Brasil, com vários influenciadores digitais do Estado. “Não tinha conhecimento de que tinha confinamento, de que seria um reality. Nunca. Eu nem gosto disso, para mim foi uma surpresa. Imagina se iria liberar e fazer emenda disso, jamais, eu me sinto verdadeiramente enganado, eu fui ludibriado, eu achei que esse fosse um projeto que fosse beneficiar mais de mil criadores de conteúdo, fomentando a economia, o turismo e a cultura de Mato Grosso”, disse Botelho.
Fonte: Isso É Notícia
