O domingo em Mato Grosso foi marcado pelo terror. Em Sorriso, uma mulher foi assassinada a tiros pelo ex-marido em mais um caso brutal de feminicĂdio. Em Cuiabá, duas detentas de altĂssima periculosidade, ligadas ao Comando Vermelho, escaparam do presĂdio feminino, incluindo uma criminosa que cumpre mais de 250 anos de pena. Já em Primavera do Leste, comerciantes e moradores ficaram Ă mercĂŞ da criminalidade, com apenas duas viaturas da PolĂcia Militar para atender uma cidade de quase 100 mil habitantes. O povo assiste apavorado ao avanço do crime organizado, enquanto o Estado mergulha num verdadeiro caos de insegurança.
E no centro desse colapso está o governador Mauro Mendes, que insiste em nĂŁo convocar os aprovados no concurso da PolĂcia Militar. A contradição Ă© revoltante: ele mantĂ©m 80 policiais Ă disposição exclusiva para proteger a si e sua famĂlia, 24 horas por dia, mas se recusa a aumentar o efetivo nas ruas, onde a população vive refĂ©m da violĂŞncia. A sensação Ă© de abandono e desespero, de um Estado entregue ao crime e de um governo que virou as costas para os 3 milhões de mato-grossenses que deveriam estar sob sua proteção.