O vereador de Nossa Senhora do Livramento (MT), Manoel Gonçalo de Campos, popularmente conhecido como “Manoelzinho” (PSB), utilizou a Tribuna da Câmara Municipal nesta quarta-feira (18), para denunciar um estupro coletivo sofrido por uma menina de 10 anos na escola rural Luís Mandes’, localizada no Projeto de Assentamento da comunidade rural ‘Estrela do Oriente’.
De acordo com o vereador, o fato aconteceu no dia 5 de abril, ocasião em que a escola usou de apenas um período de aula para juntar diversas turmas do 1º ao 9º ano “quando houve o abuso sexual dentro da unidade de ensino, no período de recreação”.
Conforme o parlamentar, no mesmo dia dos fatos, a família da criança chegou a procurar a Delegacia Especializada e o Instituto Médico Legal (IML) para registrar e fazer o exame de corpo delito.
No entanto, a direção da escola só procurou o Conselho Tutelar cinco dias depois e, se pronunciou apenas no dia 11 de abril.
“O que nos deixa indignado é saber que uma criança de 10 que foi abusada sexualmente dentro de uma unidade de ensino e eu vejo a inércia da escola, eu vejo a inércia da Secretaria de Educação de estar resolvendo o problema. Já vão fazer 15 dias e os alunos infratores sequer foram afastados ou ouvidos e não são crianças”, disse.
Segundo o vereador, os infratores têm idade entre 14 e 16 anos. Ao cobrar uma solução para o crime, Manoel ainda enfatizou a partir do momento em que o abuso ocorreu no âmbito escolar, é de responsabilidade da escola e do Poder Público se posicionarem.
“Quatro marmanjos pegam uma criança de 10 anos, fizeram o que fizeram e a gente vê a inércia do Poder Publico Municipal de nossa Senhora do Livramento, tanto da escola, da secretaria e do Conselho Tutelar. Eu fico indignado porque é uma criança que está ali para ser amparada pela escola, a partir do momento que uma criança entra num transporte escolar a responsabilidade é da escola, é do Poder Público e eu não estou vendo ações concretas para resolução do problema, explicou.
Manoelzinho ainda garantiu que irá acionar o Ministério Público Estadual (MPE) para investigar a escola.
“Estamos indo para o Ministério Público Estadual para que este venha para dentro do município e para ver também se é só lá na Escola Luís Mandes que esta acontecendo isso ou se exista em outras unidades”, reiterou.
Fonte: Isso É Notícia